Apostasia

Apostasia é o abandono completo e definitivo da fé, que pode ocorrer de modo gradual ou repentino. É considerado o contrário a conversão.

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18 minutos de leitura

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Apostasia é um termo teológico que se refere ao abandono definitivo da fé. É o ato de renunciar, gradativa ou repentinamente, suas crenças e adotar uma religião/filosofia contrária a sua original. A pessoa deixa de crer totalmente em sua fé original e passa a considerá-la errada.

Confrome a Bíblia nos ensina, o apóstata traz para si consequências muito profundas. Ao negar a ação de Deus em sua vida e se apartar da comunhão com a Igreja, ele se deixa levar pelos enganos mundanos, caindo em pecado, e como resultado não recebe a salvação.

Neste artigo apresentamos o que é a apostasia segundo a Bíblia, seus perigos, alguns exemplos e definição.


Apostasia de acordo com a Bíblia

A Bíblia deixa claro que o ato da apostasia é um pecado e nos exorta a vigiar, a perseverar, a crescer, a resistir, a examinar, a confessar e a restaurar nossa fé até o fim. Devemos lutar pela nossa fé em Jesus para que não sejamos enganados nem seduzidos pelo mal deste mundo.

Apostasia no Antigo Testamento

Apesar da palavra “apostasia” não ser encontrada no texto original do Antigo Testamento, diversas traduções bíblicas, como a Septuaginta, a utilizam para descrever os períodos de abandono da fé no AT.

Algumas expressões encontradas no AT, como “se rebelaram contra o Senhor”, “abandonaram o Senhor” e “adoraram os deuses dos povos vizinhos”, apesar de não utilizaram a palavra, remetem a um período de apostasia enfrentado pelos israelitas.

Exemplos de apostasia no Antigo Testamento

O Antigo Testamento traz diversos exemplos de pessoas, e povos, que abandonaram a fé.

Período dos juízes

O período dos juízes, por exemplo, é um dos mais significativos da história do Antigo Israel. Por diversos momentos vemos que o povo se afasta do Senhor, passam a adorar os deuses dos povos vizinhos e sofrem por isso.

Depois de passarem anos sofrendo por seu afastamento dos planos do Senhor, os israelitas se voltavam para Deus pedindo perdão e clamando por libertação. Dentre os principais juízes levantados para livrar Israel depois de se afastarem de Deus, podemos citar: Otoniel, Eúde, Débora e Gideão.

Período da monarquia israelita

Além do período dos juízes, o tempo dos reis, da monarquia israelita, é marcada por momentos de afastamento da fé e adoração a deuses pagãos, como Baal e Aserá.

O rei Saul, por exemplo, apesar de ter sido fiel a Deus em grande parte de sua vida, no fim decidiu consultar videntes e espíritos, indo claramente contra a vontade de Deus.

Salomão, filho de Davi, apesar de não ter abandonado sua fé em Deus, ele promoveu a apostasia de diversas pessoas de seu povo.

Após construir diversos templos e monumentos aos deuses pagãos de suas esposa, parte dos israelitas foram atraídos por esses deuses, deixaram de adorar a Deus e passaram a servir divindades egípcias, moabitas e mesopotâmicas.

Ilustração de Salomão e suas esposas e concubinas
Ilustração do rei Salomão e suas esposas e concubinas

Como consequência da bagunça espiritual promovida por Salomão, o reino de Israel acabou se dividindo após sua morte, em Reino de Israel, ao norte, e Reino de Judá, ao Sul.

Conforme descritos em 1 Reis, 2 Reis, 1 Crônicas e 2 Crônicas, Israel teve uma série de reis ruins, posuindo alguns poucos reis bons dentre eles. Os reis ruins eram caracterizados pela falta de temor ao Senhor e pela adoração aos deuses dos povos vizinhos. Já os reis bons eram marcados pelo retorno da adoração ao Deus se Israel e afastamento da adoração dos deuses falsos.

Os reis bons, geralmente, iniciavam um período de correção sobre Israel. No qual destruíam os altares de adoração a Baal, Aserá e outros deuses, reformavam o Templo do Senhor em Jerusalém e reestruturavam a adoração no templo.

Período pós-exílio

Por conta dos constantes períodos de apostasia, o Senhor decidiu punir Israel e entregá-los nas mãos dos impérios locais, como Assíria e Babilônia.

O Reino do Norte acabou sendo destruído pela Assíria, enquanto o Reino do Sul foi dominado e levado cativo pelo Império Babilônico de Nabucodonossor II.

Após a queda da Babilônia e libertação promovida pelo Império Persa. Os judeus, Reino do Sul, voltaram para a Jerusalém e restauraram a adoração ao Senhor. Durante a liderança de Zorobabel, eles reergueram o Templo de Jerusalém e ali louvaram a Deus.

Anos após a reconstrução do templo de Jerusalém, o sacerdote Esdras liderou uma reforma espiritual do remanescente de Israel.

Ele reeorganizou a doração no templo, reestabeleceu os sacerdotes, e conduziu um renovo espiritual do povo e o Senhor. Depois disto, até o tempo de Jesus, não é registrados períodos de apostasia do povo.

Esdras em Promptuarii Iconum Insigniorum
Esdras em Promptuarii Iconum Insigniorum

Apostasia no Novo Testamento

Ao longo do Novo Testamento a palavra “apostasia” é utilizada apenas duas vezes (Atos 21:21 e 2 Tessalonicenses 2:3). Assim como no AT, mesmo sem utilizar o termo “apostasia”, os diversos autores do NT aleram sobre o perigo de abandonar a fé e perder a salvação.

Além do uso direto do termo “aposatia”, o NT adverte diversas vezes sobre o perigo de abandonar sua fé e cair num caminho de perdição.

Advertências de Jesus contra a apostasia

― Então, eles os entregarão para serem perseguidos e condenados à morte, e vocês serão odiados por todas as nações por causa do meu nome. Naquele tempo, muitos me abandonarão; trairão e odiarão uns aos outros; e numerosos falsos profetas surgirão e enganarão a muitos. Por causa do aumento da iniquidade, o amor de muitos esfriará

Mateus 24:9-12 (NVI)

Jesus, em Mateus 24:9-12, fala sobre a perseguição que os cristãos enfrentariam e como o amor de muitos “esfriaria.” Ele adverte que falsos mestres surgiriam e, devido à multiplicação da iniquidade, a apostasia se tornaria uma ameaça real.

Esta passagem coloca a apostasia num contexto profético, onde a tribulação e o engano andariam de mãos dadas, fazendo com que muitos, inclusive entre os fiéis, se afastassem da verdade.

Advertências de Paulo contra a apostasia

Em muitas de suas cartas, o apóstolo Paulo chama a atenção para o cuidado das pessoas manterem sua fé e não se deixarem levar por espíritos imundos e assim, abandonarem sua fé.

1 Timóteo 4:1-3

O Espírito diz claramente que nos últimos tempos alguns abandonarão a fé e seguirão espíritos enganadores e doutrinas de demônios.

Tais ensinamentos vêm de homens hipócritas e mentirosos, que têm a consciência cauterizada e proíbem o casamento e o consumo de alimentos que Deus criou para serem recebidos com ação de graças pelos que crêem e conhecem a verdade.

1 Timóteo 4:1-3 (NVI)

Neste trecho, o apóstolo Paulo alerta os irmão que chegerá um período da história em que muitas pessoas ecolheram, por livre vontade, se afastar do Senhor e dos ensinos bíblicos. Essas pessoas decidirão por abandonar sua fé, para seguir um caminho aparentemente mais agradável.

Paulo enfatiza que a apostasia pode se manifestar na forma de regras rígidas ou conceitos que ignoram o verdadeiro espírito do evangelho. Práticas aparentemente piedosas, que na verdade refletem uma falta de compreensão da própria fé.

2 Timóteo 4:4

 Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si mesmos.

Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos.

2 Timóteo 4:3-4 (NVI)

Em 2 Timóteo 4:4, o apóstolo adverte sobre a atração de doutrinas que “agradam aos ouvidos,” ou seja, ensinos que preferem agradar ao invés de confrontar o erro.

Essa passagem é um lembrete de que a verdade do evangelho pode ser desafiadora e que nem sempre será confortável. O desejo por uma mensagem conveniente e inofensiva é uma tentação constante, que pode desviar os fiéis dos ensinamentos de Jesus.

2 Tessalonicenses 2:3

Não deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes daquele dia virá a apostasia e, então, será revelado o homem do pecado, o filho da perdição.

2 Tessalonicenses 2:3 (NVI)

2 Tessalonicenses 2:3 trata da apostasia de forma direta, mencionando que antes do “Dia do Senhor,” ocorrerá uma grande rebelião.

Essa “apostasia” está ligada ao surgimento de um tempo de crise espiritual, onde muitos serão enganados.

A passagem aponta para um abandono ativo da fé, alertando que eventos apocalípticos serão precedidos por um esfriamento da devoção genuína.

S. Paulo em Atenas proferindo o sermão do Areópago no qual ele abordou questões iniciais em Cristologia, retratada em um retrato de 1515 por Rafael
Apóstolo Paulo em Atenas proferindo o sermão no Areópago, quadro de Rafael em 1515.

Advertências de Pedro contra a apostasia

Portanto, amados, sabendo disso, guardem-se para que não sejam levados pelo erro dos que não têm princípios morais, nem percam a sua firmeza e caiam.

2 Pedro 3:17 (NVI)

2 Pedro 3:17 lembra os cristãos a estarem em alerta, “para que não caiam de sua posição firme e sejam levados pelo erro dos ímpios.” Pedro enfatiza a necessidade de vigilância e crescimento espiritual, pois o afastamento da fé pode ser gradual, um processo em que a negligência das doutrinas corretas permite que o engano se infiltre.


Apostasia no cristianismo

A Igreja Católica Romana, e em diversas vertentes cristãs, considera a apostasia um pecado grave que pode levar à excomunhão. Ela é vista como o inverso da conversão, um ato de negar toda ação de Deus na vida do indivíduo, muito associado ao pecado contra o Espírito Santo (Pecado imperdoável). [1]

No passado os católicos também também associavam a apostasia à renúncia dos votos monásticos e abandono da vida clerical. [2]

Algumas vertentes protestantes ensinam que afastar-se totalmente da fé uma possibilidade real para todos os cristãos, mas que a salvação não pode ser perdida, visto que é um dom irrevogável do Senhor [3].

Essa visão não é defendida ou adotada por todo o cristianismo, algumas vertentes teológicas defendem que é sim possível perder a salvação, ao se afastar completamente dos caminhos do Senhor.

Uma representação do Papa Gregório IX aplicando uma excomunhão por conta da apostasia
Uma representação do Papa Gregório IX aplicando uma excomunhão

No Antigo Testamento a apostasia está associada à idolatria e desvio da adoração, unicamente ao Senhor, para os deuses dos povos pagãos de Canaã. Diversos momentos de desvio podem ser observados no povo de Deus, em especial no período dos juízes de Israel.

No Novo Testamento, Cristo adverte seus seguidores a não se deixarem afastar-se da fé, seguindo falsos profetas e doutrinas humanas.

Penalidades ao desvio da fé aplicada pelos católicos na Idade Média

No visão católica medieval a apostasia era considerada um crime distinto da heresia e do cisma. Enquanto os crimes de cisma e heresia recebiam a condenação máxima, morte na fogueira, o desvio da fé era classificado, conforme sua penalidade, e aplicado a pena correspondente a classificação.

O teólogo católico Hostiensis do século 13 dividiu a apostasia em três categorias de devio:

  1. Conversão a outra fé, seja cristã ou não. Esse desvio é punido com confisco de bens ou até pena de morte;
  2. Quebra dos mandamentos principais ensinados pela Igreja Católica, punida com expulsão;
  3. Quebra dos votos religiosos clericais/monásticos, punida com prisão.
Pintura de 1683 de Rizi do auto-da-fé de 1680, Plaza Mayor em Madri. Perseguição a apostasia cristã
Pintura de 1683 de Rizi do auto-da-fé de 1680, Plaza Mayor em Madri

Em 1233 d.C. o Papa Bonifácio VIII determinou que os apóstatas recebem a mesma condenação dos hereges, ou seja, a morte na fogueira. Com base neste decreto a Inquisição Espanhola, que ocorreu em 1478 d.C., passou a perseguir os judeus e muçulmanos.


Exemplos de apostasia na Bíblia

A apostasia é condenada vastamente ao longo do Antigo e Novo Testamento. Entretanto os israelitas passaram por diversos momentos de abandono completo de sua fé, colhendo sempre as consequências de seus erros e pecados.

Período do Êxodo

Ao longo do êxodo, por diversas vezes os israelitas se voltaram contra o Senhor, questionando e duvidando das ações de Deus, transmitidas por intermédio de Moisés.

  • O incidente do bezerro de ouro (Êxodo 32): Logo após o Êxodo do Egito, o povo de Israel se rebelou contra Deus e construiu um bezerro de ouro para adorar. Esse evento foi um grave pecado de idolatria e levou a um julgamento de Deus, que causou a morte de 3.000 israelitas;
  • O incidente de Baal-Peor (Números 25): Durante a jornada pelo deserto, alguns israelitas foram induzidos a se envolver em idolatria e prostituição ritual com as mulheres moabitas. Esse evento foi um grave pecado de imoralidade e levou à morte de 24.000 israelitas.
Ilustração do Bezerro de Ouro adorado pelos israelitas no deserto
Ilustração do Bezerro de Ouro adorado pelos israelitas no deserto

Período dos juízes

O período dos juízes de Israel foi marcado por um ciclo de apostasia, opressão e libertação. Os israelitas se recusavam a obedecer a Deus e se voltavam para a adoração aos deuses dos povos vizinhos. No entanto, sempre que os israelitas se voltavam para Deus, Ele os libertava, levando e estabelecendo juízes para liderá-los.

Abaixo segue a lista dos ciclos de apostasia do israelitas ao longo do período dos juízes.

  1. Juízes 2:11-13: Após a morte de Josué, os filhos de Israel abandonaram o Senhor e seguiram os deuses das nações vizinhas, que mantiveram contato mesmo Deus lhes ordenando para não se misturarem com essas nações;
  2. Juízes 3:7-8: Os israelitas fizeram o que era mau aos olhos do Senhor, servindo aos deuses estrangeiros. Na ocasião Deus levantou o juiz Otoniel para libertá-los do domínio mesopotâmico, do rei Cusã-Risataim, e restaurar a adoração em Israel;
  3. Juízes 3:12: Após a morte do juiz Otoniel, os israelitas voltaram a fazer o que o Senhor desaprova e adoravam novamente os deuses pagãos de Canaã. Após clamarem ao Senhor por socorro, Deus levantou o juiz Eúde, que os conduziu a liberdade da opressão moabita;
  4. Juízes 4:1-3: Novamente, os israelitas fizeram o mal aos olhos do Senhor. Como castigo, Deus permitiu que o rei cananita Jabim II, da cidade de Hazor, dominasse e opremisse Israel por 20 anos. A opressão cessou quando se voltaram para Deus, que levantou a juíza Débora e Baraque para libertá-los;
  5. Juízes 6:1-6: Deus permite que Israel seja oprimida pelos midianitas devido à sua desobediência ao Senhor. Quando ele se voltam ao Senhor, Deus levanta o juiz Gideão para libertá-los;
  6. Juízes 10:6-7: Os filhos de Israel voltam a fazer o mal aos olhos de Deus e serviram aos baalins e Astarote. Deus levanta o juiz Jefté que lidera o exército israelita e os conduz a liberdade. liberta os israelitas;
  7. Juízes 13-16: Durante a vida do juiz Sansão, os israelitas passaram por momentos de sincretismo e apostasia. Apesar de Sansão ter sido usado por Deus para libertá-los da opressão dos filisteus, ele não foi capaz de conduzi-los novamente a adoração ao Senhor;
  8. Juízes 17-18: A história do levita e do ídolo de Micá, evidencia como Deus não era uma prioridade para os israelitas e como se desviavam tão rapidamente dos ensinos do Senhor.
A Derrota de Sísera, de Luca Giordano
A Derrota de Sísera, de Luca Giordano

Monarquia israelita

Durante a monarquia de Israel, em especial após a divisão dos reinos, a Bíblia nos relata uma série de reis que se desviaram e levaram o povo a pecar contra o Senhor.

Dentre os principais reis que se desviaram completamente dos caminhos do Senhor podemos citar:

  1. Saul: O primeiro rei de Israel, desobedeceu a Deus e foi rejeitado. Alguns consideram que ele se desviou do Senhor, por ter consultado uma feiticeira, algo que reprovável por Deus e Sua lei;
  2. Jeroboão: Instituiu a adoração bezerros de ouro em Betel e Dã, desviando o povo para a idolatria com o objetivo de não adorarem o mesmo Deus de Judá;
  3. Acabe: Casou-se com Jezabel, uma feiticeira, promoveu a adoração a Baal e perseguiu os profetas do Senhor;
  4. Acaz: Participou da adoração de deuses estrangeiros, fechou o Templo do Senhor, sacrificou o próprio filho em um ritual e ofereceu diversos sacrifícios a ídolos;
  5. Amazias: Após uma vitória militar, trouxe deuses estrangeiros e os adorou, abandonando a fidelidade a Deus;
  6. Acazias: Influenciado pela família de Acabe, adorou ídolos e fez alianças ímpias, seguindo um caminho longe do Senhor;
  7. Joás: Inicialmente buscou a Deus, mas após a morte do sacerdote Joiada, se desviou e adorou diversos ídolos.
Israelitas adorando o bezerro de ouro construído por Jeroboão I
Israelitas adorando o bezerro de ouro construído por Jeroboão I

Causas da apostasia

A apostasia da fé pode ocorrer de diferentes maneiras da vida de um cristão. Mas, podemos afirmar que sua raiz está na falta de compreensão verdadeira de quem é Jesus Cristo, sua obra redentora e a própria fé do indivíduo.

Causas internas da pessoa

As causas internas são aquelas que estão relacionadas à própria pessoa que apostata. Elas podem incluir:

  • Falta de conhecimento da fé;
  • Falta de maturidade espiritual;
  • Pecados não tratados/confessados.

Pecado não tratados/confessados

Uma pessoa que não conhece bem a sua fé é mais propensa a se desviar dela. Essa falta de conhecimento pode ser dar pela não dedicação a leitura bíblica, não participação da comunhão da Igreja, entre outros.

Falta de maturidade espiritual

Uma pessoa que não está espiritualmente madura é mais propensa a ser influenciada por falsas doutrinas e heresias. A maturidade espiritual é alcançada através do relacionamento pessoal do indivíduo com o Deus/Espírito Santo. Infelizmente muitos se desviam por não dedicar tempo a sua própria espiritualidade.

Pecados não tratados/confessados

O pecado que não foram confessados e tratados no íntimo da pessoa podem levá-la a se afastar de Deus. Pois o perdão do Pai não a alcança, a tornando cativa.

Causas externas da pessoa

Quando o indivíduo não possui uma fé alicerçada e madura, ele fica propenso a se deixar levar por influencias do mundo, ou outras pessoas, que a acabam distanciando de Cristo e, consequentemente, caindo na incredulidade. Essas causas podem incluir:

  • Influência de pessoas não-crentes;
  • Influência filosofias e ideologias.

Influência de pessoas não-crentes

Uma pessoa não madura espiritualmente pode se deixar levar pela influencia negativas de não-cristãos. Essa influencia pode ser através do propagação de filosofias mundanas, distanciamento da comunhão com o corpo da igreja e etc.

Influência filosofias e ideologias

A adoção de filosofias e ideologias podem corromper o entendimento da pessoa do verdadeiro Evangelho, tornando sua mente voltada aquela linha de pensamento e a distanciando do entendimento bíblico.


Etimologia e significado de apostasia

A palavra “apostasia” vem do grego apóstasis (απόστασις), que significa “estar longe de” [4]. A palavra foi usada no Novo Testamento para se referir ao abandono completo da fé cristã, mas também pode ser usada para se referir ao abandono de qualquer crença ou ideologia.

A palavra “apostasia” é composta por duas partes:

  • apó (ἀπό), que significa “de” ou “a partir de”;
  • stasis (στασις), que significa “posição” ou “estatuto”.

Apostasia significa “deserção”, “renúncia”, “abandono” ou “traição”.


Aprenda mais

[Vídeo] [SUB12] Cuidado com a apostasia. Luciano Subirá.

[Vídeo] O perigo da apostasia I Rev. Hernandes Dias Lopes I EBD. Igreja Presbiteriana de Pinheiros.

[Livro] Dicionário da Bíblia de Almeida – 2ª Edição: Almeida Revista e Corrigida (ARC) – Edição Acadêmica. Sociedade Bíblica do Brasil.

[Livro] Dicionario biblico teologico com base na biblia de jfa revista e corrigida. CPP.


Perguntas comuns

Nesta seção apresentamos as principais perguntas, com as respostas, que as pessoas fazem sobre este termo teológico.

Apostasia o que é?

Apostasia é o abandono completo de uma fé, na qual a pessoa abandona uma religião para se dedicar a outra, ou para adotar o ateísmo.

O que é apostasia?

Apostasia pode ser definido como o abandono completo de determinada fé, realizado por uma pessoa ou um grupo de pessoas. Na Bíblia o período dos juízes é conhecido por constantes períodos em que o povo de Israel abdonou sua fé no Senhor para adorarem as divindades dos povos vizinhos.


Fontes

[1] Richard A. Muller, Dictionary of Greek and Latin Theological Terms: Drawn Principally from Protestant Scholastic Theology, 41. The Tyndale Bible Dictionary defines apostasy as a “Turning against God, as evidenced by abandonment and repudiation of former beliefs. The term generally refers to a deliberate renouncing of the faith by a once sincere believer …” (“Apostasy,” Walter A. Elwell and Philip W. Comfort, editors, 95).

[2] Dictionary of Biblical Imagery, 39.

[3] Koons, Robert C. (23 September 2020). A Lutheran’s Case for Roman Catholicism: Finding a Lost Path Home. Wipf and Stock Publishers.

[4] Apostasia. Wiktionary.

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