Igreja Inclusiva Afirmativa

Uma igreja inclusiva afirmativa é uma denominação pseudocristã que prega a aceitação de pessoas de LGBTQIA+, sem confrontar práticas sexuais condenadas pela Bíblia.

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Uma igreja afirmativa, também chamada de “igreja inclusiva afirmativa”, é uma comunidade de fé pseudocristã que em sua doutrina acolhe a comunidade LGBTQIA+, sem condenar seus pecados.

Segundo este movimento a igreja deve acolher toda diversidade da sociedade humana, em todas as suas formas, incluindo orientação sexual, identidade de gênero, raça, etnia, classe social, idade, capacidade e, em alguns casos, acolhe pessoas de diferentes credos e posições religiosas. [1]

O movimento das igrejas afirmativas pregam que as igrejas tradicionais, que seguem a ortodoxia cristã, marginalizam e excluem pessoas classificadas como “periféricas”, ou, que pertençam a “grupos minoritários”. [2]

As que seguem essa visão, acusam as igrejas tradicionais de excluírem as pessoas LGBTQIA+ de seus cultos. Consideram o Evangelho apresentado pelas denominações tradicionais, e de fato é, com sendo hostil as práticas homoafetivas.

O termo “igreja afirmativa” e “igreja inclusiva”, no contexto do movimento comunidade LGBTQIA+, descrevem o mesmo movimento pseudocristão. Por conta disto muitas vezes seus significados se misturam e acabam sendo utilizados como sinônimos, o que não são, como explicado no artigo Igreja Inclusiva.

Neste artigo explicamos os principais pontos desta heresia, sua história, seus erros teológicos e suas principais características.


Igreja Inclusiva Afirmativa, uma heresia LGBTQIA+

Desde o início do cristianismo, cada geração de cristãos tem enfrentado os desafios de seu tempo, no âmbito político-social e teológico.

Ao estudar a história da Igreja, vemos como Deus usou em sabedoria grandes servos do passado, pastores/padres e teólogos, a enfrentarem as heresias de seu tempo e impedirem que uma interpretação errada do texto sagrado se propagasse e levasse diversas pessoas ao inferno.

Em nosso tempo novas heresias e desafios tem surgido, em especial em relação aos movimentos que buscam defender os direitos e práticas de grupos tidos como minoritários, como, negros, indígenas, homossexuais e pessoas trans.

Nas últimas décadas, o tema da inclusão de pessoas LGBTQIA+ tem ganhado destaque nos mais diversos âmbitos da sociedade.

Essa prática pecaminosa tem levado as pessoas a reinterpretarem/deturparem conceitos base e fundamentais da nossa Fé, como, família, religião e o amor de Deus.

Imagem Igreja Inclusiva Afirmativa
Imagem Igreja Inclusiva LGBTQIA+

Igreja afirmativa e a comunidade LGBTQIA+

No âmbito religioso cristão, o surgimento e expansão das chamadas “igrejas afirmativas” tem corrompido as tradições teológicas e as bases da Fé Cristã, sob a falsa alegação de acolher e defender grupos minoritários, como a comunidade LGBTQIA+.

Sob essa falsa alegação de defender grupos fragilizados, as igrejas afirmativas tem impedido que as pessoas tenham seus pecados confrontados e perdoados, impedindo que cheguem a um encontro verdadeiro com Cristo.

Apesar da gravidade deste assunto, muitos cristãos ainda têm tratado este tema como chacota, como sendo algo seguido e propagado por poucos infiéis, pessoas que decidiram abdicar da fé e/ou seguir em suas práticas pecaminosas.

Porque igreja afirmativa é considerada heresia?

Diversos textos bíblicos condenam a prática homossexual, como Levítico 18:22, Romanos 1:26-27 e 1 Coríntios 6.9-10.

Esses textos deixam claro que o comportamento homossexual é pecado. Afirmar que a o cristianismo aprova tais práticas é discordar da verdade bíblica e pregar uma mentira, ou seja, cometer heresia.

Muitas distorções são feitas com o objetivo de ressignificar o texto bíblico, de modo a ele ser mais agradável a pregação inclusiva afirmativa.

Neste artigo apresentamos algumas dessas distorções e explicamos suas verdadeiras interpretações. Expicando os erros das igrejas afirmativas.


Argumentos e princípios da igreja inclusiva afirmativa

Nesta seção apresentamos os princípios que norteiam a doutrina das igrejas afirmativas, assim como os principais argumentos utilizados por seus defensores.

Princípios da igreja afirmativa

Segundo os escritores Derrick Sherwin Baley e Bruno Lima podemos definir os princípios de uma igreja afirmativa como [3][4]:

  • Que todas as pessoas são amadas por Deus, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero;
  • Celebram a diversidade de gêneros e sexualidades como parte da criação divina;
  • Casamentos de casais LGBTQIA+ são abençoados por Deus;
  • Pessoas LGBTQIA+ podem, e devem, assumir cargos de liderança eclesiástica;
  • A Bíblia deve ser interpretada de forma a promover a inclusão e justiça social em todas as instâncias da sociedade civil;
  • A igreja deve promover o diálogo inter-religioso e o respeito às diferenças de crenças.

Esses princípios norteiam todas as igrejas inclusivas afirmativas. São usados como base para interpretação da Bíblia e toda sua ação cristã voltada para a sociedade.

O que a igreja afirmativa defende?

A igreja afirmativa defende a plena aceitação e inclusão de pessoas LGBTQIA+ na comunidade cristã.

Elas defendem que todos, independentemente de orientação sexual ou identidade de gênero, são criados à imagem de Deus e merecem respeito e dignidade.

Desse modo, para seus seguidores, não há impedimentos para pessoas LGBTQIA+ participarem dos sacramentos cristãos, batismo e ceia, ou exercerem cargos eclesiásticos.

Argumentos teológicos da igreja afirmativa

As igrejas inclusivas afirmativas defendem que todos podem cultuar a Deus e que Ele acolhe a comunidade LGBTQIA+, ou seja, na visão deles o Senhor aceita todas as pessoas independente de seus pecados sexuais.

Duas garotas de mãos dadas
Duas garotas de mãos dadas

Para isso, eles se utilizam de diversos princípios versículos e princípios cristãos para fundamentar sua teologia. Tais como:

  • Deus é amoroso (1Jo 4:8);
  • Todos os seres humanos refletem a imagem de Deus e são aceitos por ele (1 Gn 1:27);
  • Jesus acolheu todos os marginalizados (Lc 5:30; Jo 4:7-9);
  • A Nova Aliança de Cristo está aberta a todos (Gl 3:28).

Abaixo explicamos brevemente cada um desses argumentos utilizados.

Deus é amoroso

No centro da teologia cristã está a compreensão de Deus como amor (1 Jo 4:8). Para as igrejas afirmativas esse amor não é só incondicional, mas também inclusivo.

Na visão LGBTQIA+ o amor de Deus abrange todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.

Para eles, este amor é universal, reflete a natureza acolhedora de Deus e não faz distinção entre as pessoas (Atos 10:34).

Todos os seres humanos refletem a imagem de Deus e são aceitos por ele

A crença de que todos os seres humanos são criados à imagem de Deus (Imago Dei) é fundamental para a teologia cristã (Gênesis 1:27).

Na visão afirmativa, esta imagem divina não faz distinção de gênero ou orientação sexual. Cada pessoa, incluindo aquelas que se identificam como LGBTQIA+, reflete a dignidade e o valor inerente que vem de ser criado à imagem de Deus.

Portanto, discriminar ou excluir alguém com base em sua identidade, segundo eles, é ir contra a essência do ensino bíblico sobre a dignidade humana.

Grupo de pessoas se abraçando
Grupo de pessoas se abraçando

Jesus incluiu os marginalizados e rejeitados

As igrejas afirmativas argumentam que Jesus Cristo, em seu ministério terreno, demonstrou uma inclusão radical.

Para eles, o Mestre desafiou normas sociais e religiosas ao acolher aqueles que eram marginalizados e rejeitados pela sociedade, como os samaritanos, os leprosos, os pecadores e os cobradores de impostos (Lc 5:30; Jo 4:7-9).

Eles consideram que dentre esses grupos marginalizados se incluiu a comunidade LGBTQIA+.

A Nova Aliança de Cristo está aberta a todos

A igreja afirmativa argumenta que Nova Aliança em Cristo, que é inclusiva e aberta a todos, com base no texto de Gálatas 3:28.

“Não há judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos são um em Cristo Jesus.”

Gálatas 3:28 (NVI)

De fato este versículo sugere uma unidade e igualdade fundamental em Cristo que vai além das das barreiras sociais e culturais.

Mas para as igrejas afirmativas, essa abrangência social vai ainda mais além de questões culturais e étnicas, ela incluiu as diferenças sociais envolvendo orientação sexual e identidade de gênero.


História da igreja afirmativa

Apesar de ser um movimento relativamente recente no Brasil, a história da igreja afirmativa se inicia na década de 1950 nos Estados Unidos.

A discussão sobre igreja e homossexualidade é ainda mais antiga, remontando discussões dos séculos XVIII e XIX. Nesta seção apresentamos apenas a história da igreja afirmativa da pós-modernidade, séculos XX e XXI.

Origem das igrejas inclusivas afirmativas

Os primeiros estudos de uma teologia inclusiva e afirmativa datam de 1955 na Europa. O livro “Homosexuality and the Western Christian tradition” (“Homossexualidade e a tradição cristã ocidental” em português), escrito pelo reverendo Derrick Bailey, é considerado o trabalho teológico a defender uma pregação de aceitação as práticas homossexuais [3].

Em seus escritos Bailey reinterpreta algumas passagens bíblicas a fim de alterar a interpretação ortodoxa clássica. Por exemplo, segundo ele a condenação dos moradores das cidades de Sodoma e Gomorra não se deu por conta da homossexualidade e demais barbaridades por eles praticadas, mas sim, devido a falta de hospitalidade com a qual trataram os anjos enviados pelo Senhor. [4]

Fotografia de Derrick Sherwin Bailey
Fotografia de Derrick Sherwin Bailey

Primeira igreja inclusiva afirmativa do mundo

A primeira denominação pseudocristã voltada para o público LGBTQIA+ foi a Metropolitan Community Church (MCC), fundada em outubro de 1968 por Troy Deroy Perry Junior, na cidade de Huntington Park do condado de Los Angeles, nos Estados Unidos. [5]

Como registrado em sua autobiografia The Lord Is My Shepherd and He Knows I’m Gay (“O Senhor é meu pastor e ele sabe que sou gay”, em português), Troy Deroy Perry relata que tudo se iniciou após ele passar por um período conturbado em sua vida, com crises de relacionamento e uma tentativa de suicídio.

Segundo Troy Deroy, após este período difícil de sua vida, durante o ano de 1968, ele se reconectou com Deus e recebeu uma profecia que lhe levou a abrir a MCC em sua própria casa. [6]

Inicialmente a igreja era formada por poucas pessoas que compactuavam com sua causa e tinham o mesmo modo de pensar acerca de igreja e movimento LGBTQIA+.

Historiadores como Stephen R. Warner consideram Troy Deroy Perry Junior e os frequentadores da MCC, como pessoas ousadas que buscam reivindicar um espaço nunca antes ocupado por grupos ditos como minoritários.

Capa do livro "The Lord Is My Shepherd and He Knows I'm Gay" de Troy Deroy Perry
Capa do livro “The Lord Is My Shepherd and He Knows I’m Gay” de Troy Deroy Perry

“Perry e seus primeiros seguidores demonstraram ousadia ao reivindicar para os homossexuais o mesmo espaço social destinado aos grupos subculturas das igrejas americanas”

Stephen R. Warner. The metropolitan Community churches and the gay agenda: the power of Pentecostalism and essentialism, p. 85, tradução livre. [7]

A MCC, assim como as demais denominações inclusivas afirmativas que surgiram no mundo, se baseia na premissa que Deus não condena alguém para inferno devido a sua sexualidade e que a interpretação bíblica que condena tais práticas está errada.

Segundo os teólogos mais sérios, essa é uma visão preguiçosa das Sagradas Escrituras e não condiz com o entendimento ortodoxo de passagens como Lv 18:22 e Rm 1:27.

Crescimento da MCC e sua influência na aberturas de igrejas afirmativas no Brasil e no mundo

Seguindo o pensamento da MCC e de Stephen Warren, de “reivindicar os espaços sociais” para os homossexuais, diversas denominações pseudocristãs surgiram ao redor do mundo. Essas denominações pregam a aceitação das práticas LGBTQIA+ dentro de contextos cristãos. [8]

De acordo com Melissa M. Wilcox, uma historiadora e entusiasta do movimento de igrejas inclusivas afirmativas, os primeiros anos da MCC foram marcados por resistência das igrejas tradicionais [9].

Napoli e Sarafim, pesquisadores brasileiros sobre o tema, relatam que apesar do início tímido dessas igrejas no início, atualmente há grupos presentes em todo o Estados Unidos. [8]

Com o passar dos anos a MCC se expandiu, pelos estados americanos e para outros países. No ano de 2018 a MCC contava com 222 igrejas espalhadas por 37 países, incluindo o Brasil, com um rol de membros de 43 mil pessoas [10]. No Brasil a denominação chegou no ano de 1998, sob o nome “Igreja da Comunidade Metropolitana”. [3]

Foto da Metropolitan Community Church de Los Angeles, a primeira igreja inclusiva afirmativa do mundo
Foto da Metropolitan Community Church de Los Angeles, a primeira igreja inclusiva afirmativa do mundo

Surgimento da igreja afirmativa no Brasil

Apesar de na década de 1990 haver alguns grupos religiosos que defendessem uma visão de igrejas voltadas para o público LGBTQIA+ no Brasil, o surgimento de igrejas inclusivas afirmativas em solo brasileiro só veio ocorrer com maior representatividade no início dos anos 2000. [5]

Primeira igreja inclusiva afirmativa do Brasil

A primeira igreja inclusiva afirmativa a surgir no Brasil foi a Igreja Presbiteriana Bethesda, fundada em 1992 no bairro de Copacabana no Rio de Janeiro. [11]

A Igreja Presbiteriana Bethesda nasceu do movimento ecumênico e faz parte da IPU (Igreja Presbiteriana Unida do Brasil), uma denominação que prega a conciliação através do respeito com religiões não cristãs. [12]

Crescimento da igreja afirmativa no Brasil

Seguindo a linha de pensamento da Igreja Presbiteriana Bethesda, no ano de 1998 a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB)), fundada em 1890 por ingleses naturalizados brasileiros, torna-se uma igreja inclusiva afirmativa. [13]

Também em 1998 foi fundada, na cidade de São Paulo, a Comunidade Cristã Gay, que iniciou um movimento de militância que buscava proliferar a teologia inclusiva afirmativa e incentivar a aberturas de mais igrejas nesta linha de pensamento. [13]

No início dos anos 2000 uma nova leva de denominações inclusivas afirmativas surgiu no Brasil, sendo sua maioria fruto de movimentos de militância político ideológica. [5]

Foto do interior da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil no Rio de Janeiro, Barra da Tijuca
Foto do interior da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil no Rio de Janeiro, Barra da Tijuca

Principais igrejas afirmativas do Brasil que surgiram no Brasil

As maiores denominações que surgiram no início dos anos 2000 voltadas para a comunidade LGBTQIA+, segundo Lima (2018), foram:

  • Comunidade Cristã Nova Esperança Internacional (CCNEI);
  • Igreja Cristã Contemporânea (ICC);
  • Cidade de Refúgio (CR);
  • Igreja da Comunidade Metropolitana (ICM).

O crescimento dessas igrejas se pautou numa hermenêutica e exegese contemporânea da Bíblia, contrárias a interpretação clássica adotada pelas igrejas tradicionais.

Influências das igrejas inclusivas afirmativas

A teologia inclusiva afirmativa carrega elementos de diversos outros movimentos pseudocristãos que surgiram no fim do século XX e início do século XXI.

Dentre as principais influência da teologia afirmativa e das igrejas inclusivas afirmativas, podemos citar:

  • Teologia feminista;
  • Teologia negra;
  • Teologia da libertação;
  • Teologia queer.

Essas teologias diminuíram a autoridade bíblica e deram espaço para leituras hegemônicas, que desconsideram o sentido real do texto para se preocupar com as experiências e sentimentos dos indivíduos ao lerem o texto. [14]

Crescimento das igrejas afirmativas durante os anos 2010 e 2020

Entre os anos de 2010 e 2020 diversas igrejas inclusivas afirmativas foram fundadas no Brasil, dentre as maiores vale destacar a Comunidade Cristã Nova Esperança Internacional presente em 19 cidades brasileiras, dentre elas 6 capitais. [3]

As linhas teológico-doutrinárias dessas igrejas são diversas, contando denominações que seguem uma linha calvinista/reformada e outras que seguem o pentecostalismo e o neopentecostalismo.

O sistema de governo das mesma também é diversificado, algumas seguem o modelo episcopal, outros o presbiteriano e o batista.

Bíblia inclusiva afirmativa do Brasil

A “Bíblia Comentada Graça sobre Graça”, também conhecida como “Bíblia de Todas as Cores”, “Bíblia Gay” ou “Bíblia homoafetiva”, é considerada a primeira bíblia inclusiva do Brasil. [15]

Essa Bíblia foi desenvolvida pelo pastor Marvel de Souza, da IPEG, e ela possui diversos comentários que promovem a inclusão das pessoas LGBTQIA+. [15]

Esses comentário distorcem o real sentido das passagem bíblicas, para torná-las agradáveis a seus leitores, de modo que não se sintam confrontados pela verdade bíblica.

Autor da Bíblia inclusiva brasileira

A chamada “Bíblia Inclusiva” foi criada pelo pastor Marvel de Souza, da igreja Comunidade Cristã Incluídos pela Graça (IPEG) [15]. Ela nasceu a partir do seu desejo de explicar os textos bíblicos de forma inclusiva afirmativa, de modo que agrade o público LGBTQIA+.

Segundo uma entrevista da Revista do Lado A, o pastor Marvel cresceu em lar evangélico, frequentando tanto denominações católicas quanto protestantes.

Capa da Bíblia Comentada Graça sobre Graça, bíblia inclusiva brasileira
Capa da Bíblia Comentada Graça sobre Graça, bíblia inclusiva brasileira

Dentre as igrejas que ele frequentou, mencionadas na entrevista, podemos citar:

  • Igreja Metodista de Brazlândia;
  • Igreja Assembleia de Deus;
  • Igreja Inclusiva Comunidade Família Cristã Athos;
  • Cidade de Refúgio.

Como pode ser observado, o início de sua vida cristã se deu em igrejas tradicionais, verdadeiramente cristãs. Entretanto, por volta de seus 23 anos, ele conheceu e passou a frequentar a Igreja Inclusiva Comunidade Família Cristã Athos, o que o levou para teologia afirmativa. [15]

Segundo o próprio pastor, o projeto da “Bíblia Inclusiva“ surgiu em 2012, após este retornar de uma viagem ao Japão. Após dois anos desenvolvendo seus comentários, ele submeteu seu projeto para a SBB (Sociedade Bíblica do Brasil) que acabou rejeitando após a repercussão negativa do projeto. [15]

Após anos de insistência a Bíblia inclusiva, nomeada como “Bíblia Comentada Graça sobre Graça” e “Bíblia GsG”, acabou sendo publicada de forma independente em 2017 e se encontra a venda em diversas lojas online.


O que a Bíblia diz sobre a prática homossexual?

O crescimento da homossexualidade e do sexo livre há tempo é um problema enfrentado pela igreja moderna. Para Abdenal Carvalho o desejo por essas práticas ocorre, em sua grande maioria, durante a adolescência e a juventude. [16]

Segundo o escritor, esse desejo é aflorado pela mídia que incentiva a prática do sexo descompromissado e vende a satisfação de seus desejos como uma forma de ratificar a liberdade juvenil. [16]

Repreensão a prática homossexual no livro de Levítico

No texto bíblico vemos que o problema da homossexualidade e do sexo livre ocorre desde o período em que Abraão peregrinou em Canaã em 2200 a.C.

Povos hebreus, como os arameus, que cultuavam a deusa pagã Inanna, divindade suméria associada a beleza e ao sexo, durante seus atos de adoração realizavam sexo entre homens. [17]

É devido tais práticas profanas, e eventualmente outras, dos povos cananeus e mesopotâmicos que Deus repreende os israelitas no monte Sinai a não se comportarem como os povos vizinhos em Levítico 18:3-4, como os arameus, filisteus e amorreus.

Fotografia do monte Sinai
Fotografia do monte Sinai

“Não procedam como se procede no Egito, onde vocês moraram, nem como se procede na terra de Canaã, para onde eu os estou levando. Não sigam as práticas deles. Pratiquem as minhas ordenanças, obedeçam aos meus estatutos e sigam‑nos. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês.”

Levítico 18:3-4 (NVI)

Ao descrever os comportamentos sexuais dos povos que se tornariam vizinhos de Israel, Deus condena explicitamente a prática homossexual no versículo 22 do capítulo 18 de Levítico.

“Não se deite com um homem como quem se deita com uma mulher; é uma prática detestável.”

Levítico 18:22 (NVI)

Algumas traduções da Bíblia ao invés de utilizar o termo “detestável” em Levítico 18:22, utilizam o termo hebraico toevah (טובה). Esse termo tem sido utilizado de forma distorcida por muitos defensores das igrejas inclusivas afirmativas, para afirmar que Deus não condena os homossexuais.

Além dos dois versículos apresentados nesta seção, Levítico 20:13 certamente é o trecho bíblico mais importante no que se refere a condenação a prática homossexual.

“Se um homem tiver relações sexuais com outro homem como quem se deita com uma mulher, ambos praticaram um ato detestável. Terão que ser executados; o sangue deles cairá sobre eles mesmos.”

Levítico 20:13 (NVI)

Como pode ser visto por esse versículo, a prática homossexual não foi apenas condenada por Deus, mas deveria ser extirpada do meio de seu povo.

Creio que devido a clareza deste versículo contra a prática homossexual, não encontrei trabalhos de teólogos afirmativos tentando negar ou distorcer seu sentido real a favor da prática homoafetiva.

Discussão sobre os termos “bdeligma” e “toevah

O termo “detestável”, utilizado pela tradução NVT (Nova Versão Transformadora), e “abominável”, usado por traduções Almeida, são possíveis traduções da palavra hebraica toevah, palavra utilizada no texto original de Levítico 18:22. Esse termo é traduzido pela Septuaginta como bdelygma (βδέλυγμα), que comumente é traduzido por “ofensa ritual”. [18]

Por conta disto, escritores e jornalistas defendem a ideia de que o texto não condena a prática homossexual em si, mas o sexo ritualístico feito durante rituais de adoração a deuses pagãos. Nesta visão Levítico 18:22 estaria condenando a idolatria envolvida no sexo ritualístico e não a prática do sexo homossexual em si. [18]

Apesar do malabarismo exegético que se faz para se alterar o real sentido dos termos bdelygma e toevah, a análise total do versículo original e os demais termos nele aplicado deixam claro a condenação da prática homossexual.

Papiro Oxyrhynchus 1075, um manuscrito do século III ou IV d.C. mostrando parte do Êxodo
Papiro Oxyrhynchus 1075, um manuscrito do século III ou IV d.C. mostrando parte do Êxodo

Entendimento sobre o sentido real de Levítico 18:22

Para compreender melhor o versículo de Levítico 18:22, vamos analisar cada termo nele empregado em seu original: “V’et-zachar lo tishkav mishkvei ishah to’evah hu.” (WLC, Lv 18:22, transliteração livre). [19]

A expressão “V’et-zachar” é formada pelas palavras V’et e Zachar. A palavra “V’et” pode ser traduzida como “com”, “próximo” ou “junto com”, sendo utilizada no sentido de lugar ou relacionamento [20]. Por exemplo, “Gabriel está próximo da estrada” e “Joana está com Gabriel”. Já a palavra Zachar é traduzida como “macho” e “homem”, utilizada para se referir a uma pessoa do sexo masculino [20]. Dessa forma a tradução mais correta da expressão hebraica V’et-zachar presente em Levítico 18:22, é “Junto com homem” ou “Com homem”.

O advérbio hebraico lo é comumente traduzido como “não”, pois seu sentido original traz a ideia de proibição absoluta e de negação [20]. Outra tradução possível para o advérbio lo é “antes”, utilizado num contexto de temporalidade, tempo, o que não se aplica ao versículo discutido.

A tradução da palavra tishkav varia de acordo com o contexto em que é utilizada. Dentre as possíveis traduções que temos, temos:

  • “Deitar”, que pode ser utilizado no contexto de se hospedar, “deitar na casa de alguém”. Também pode se referir a relações com outra pessoa, “deitar junto de sua esposa”. Um outro contexto possível é referente a morte, sendo utilizado para se referir a uma pessoa que repousou na morte;
  • “Transar com”;
  • “Descansar”, “hospedar” ou “relaxar”, usados para descrever o ato de repousar.

De acordo com esses significados da palavra hebraica tishkav, as traduções mais apropriadas para ela dentro do contexto de Levítico 18:22 são “deitar-se com” ou “transar com”.

Já a expressão hebraica mishkvei é usada para se referir a um local de repouso ou um local onde se realiza o ato sexual. Por conta disto mishkvei é traduzido como “quarto” ou “cama”. [20]

A palavra ishah é utilizada para se referir a uma pessoa do sexo feminino, sendo traduzida comumente como “mulher” e “esposa”, de acordo com o contexto em que se encontra. [20]

Por fim a expressão to’evah hu, ou simplesmente toevah, é usada para se referir a um ato ritualístico ofensivo, considerado nojento e profano. [20]

De acordo com real sentido de cada termo hebraico empregado em Lv 18:22, uma tradução livre mais próxima do texto seria “Com homem não se deitará na cama de mulher, é um ritual ofensivo”.

Com base nisso concluímos que Lv 18:22 condena o ato sexual entre homens e que as visões que tentam aplicar um outro sentido a este texto, estão distorcendo o seu significado original e realizando uma heresia.

Ao tentar dar um sentido contrário ao original de Levítico 18:22, Diversos escritores e jornalistas que defendem esse posicionamento, se mostram contrários a verdade bíblica cristã.

Casal israelita da antiguidade de mãos dadas
Casal israelita da antiguidade de mãos dadas

Temporalidade da condenação à prática homossexual, argumento da igreja inclusiva afirmativa

Apesar da clara repreensão bíblia a homossexualidade, escritores que defendem as igrejas inclusivas afirmativas alegam que essas repreensões valiam apenas para aquele período histórico, que necessitava que as populações se multiplicassem e povoassem a Terra, necessidade que segundo o autor não é mais válida hoje. [21]

O pensamento de escritores inclusivos afirmativos, não apenas distorce o real sentido do texto bíblico, como tentam reduzir a veracidade dos princípios cristãos ensinados em nossos púlpitos.

Abdenal Carvalho relata que esse pensamento tem levado a uma sociedade promíscua, que tem conduzido pessoas cada vez mais jovens a prostituição e ao estabelecimento de famílias disfuncionais. [16]

Apesar de muitas das leis descritas no Antigo Testamento não serem válidas para nossa vida após a vinda, ministério, morte e ressurreição de Cristo, seus ensinos são úteis para instruir a vida cristã atualmente. De acordo com Gottfried Brakemeier o Novo Testamento trás uma continuidade da história, profecia e dos ensinos do Antigo Testamento. [22]

O ministério de Jesus Cristo e os ensinos do Novo Testamento, não nega e/ou invalida os ensinos da Lei, ao contrário, trás luz sobre ela, mostrando que através da obra do Espírito Santo as instruções da lei podem ser cumpridas e vividas no dia a dia do cristão. [22]

Repreensão a prática homossexual no Novo Testamento

Dentre os principais textos do Novo Testamento que tratam sobre a condenação da prática homossexual temos Romanos 1:27 e 1 Coríntios 6:9-10.

“E os homens, em vez de ter relações sexuais normais com mulheres, arderam de desejo uns pelos outros. Homens praticaram atos indecentes com outros homens e, em decorrência desse pecado, sofreram em si mesmos o castigo que mereciam.”

Romanos 1:27 (NVT)

“Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus.”

1 Coríntios 6:9-10 (NVT)

Ambos os textos condenam de forma clara a prática homossexual. Em Rm 1:27 encontramos a mesma condenação de Lv 18:22, que repreende a prática sexual entre homens e indica que o correto, normal, é o ato sexual de homem com mulher.

Em 1Co 6:9-10 vemos que autor lista praticantes de várias ações que condenam a pessoa ao inferno, dentre os praticamente é listado “sodomitas”, traduzido pela NVI (Nova Versão Internacional) como “homens que têm relações sexuais com outros homens”.

O termo utilizado no texto original grego é arsenokoitai (αρσενοκοιται) e este remete ao pecado sexual entre homens.

Alguns teólogos afirmativas buscam distorcer o real sentido do termo arsenokoitai para fazê-lo se adequar ao pensamento LGBTQIA+, mas abaixo explicamos seu real significado e o porquê ele condena a prática homoafetiva.

Papiro 46, um dos papiros mais antigos do Novo Testamento , mostrando 2 Coríntios 11:33–12:9
Papiro 46, um dos papiros mais antigos do Novo Testamento , mostrando 2 Coríntios 11:33–12:9

Significado do termo arsenokoitai

O termo arsenokoitai aparece apenas duas vezes ao longo do texto bíblico, em 1Co 6:9 e 1Tm 1:10, em ambos os casos ele é comumente traduzido por “sodomitas” e “homossexuais”.

“para os que praticam imoralidade sexual, para os homossexuais, para os sequestradores, para os mentirosos, para os que juram falsamente e para todo aquele que se opõe à sã doutrina,”

1 Timóteo 1:10 (NVI)

Uma análise mais recente da etimologia e origem da palavra arsenokoitai entende que sua tradução como “sodomitas”, conforme é utilizado pela ARA, é uma escolha inadequada, pois a origem do termo nada remete aos pecados praticados por Sodoma e Gomorra. [23]

A tradução do termo para “sodomitas” vem da crença que a condenação das cidades de Sodoma e Gomorra se deu por conta da prática homossexual, entretanto o texto bíblico não deixa claro qual o pecado que levou a condenação das cidades. Gênesis 18.20-21 relata que:

“Portanto, o Senhor disse a Abraão: ‘Ouvi um grande clamor vindo de Sodoma e Gomorra, porque o pecado dessas duas cidades é extremamente grave. Descerei para investigar se seus atos são, de fato, tão perversos quanto tenho ouvido. Se não forem, quero saber’”

Gênesis 18:20-21 (NVT)

Como pode ser observado, a palavra de Deus a Abraão acerca dos pecados de Sodoma e Gomorra não explicita que os moradores das cidades foram condenados pela homossexualidade. O mais correto de pensar, é que foram condenados por seus muitos pecados, que dentre eles, está a prática sexual entre pessoas do mesmo sexo.

Sodoma e Gomorra em chamas por Daniel van Heil, 1650
Sodoma e Gomorra em chamas por Daniel van Heil, 1650

Alguns autores, como Robin Scroggs, creem que o termo arsenokoitai condena apenas a pederastia, prática grega na qual um homem mais velho se envolve sexualmente com um homem moço. Quando estudamos a etimologia e origem da palavra, entendemos que está visão é incoerente com o sentido real aplicado pelo apóstolo Paulo. [24]

Segundo Milton Torres a palavra arsenokoitês, singular de arsenokoitai, foi criada a partir do termo gregos arsen, usado para referir a figura masculina (“macho”), e koitês, traduzida como “aquele que se deita”. [23]

Com isso, o significado de arsenokoitês é “aquele que se deita com machos” e arsenokoitai, seu plural, “aqueles que se deitam com machos” ou “aqueles que se deitam com homens”. Com base nesses termos que compõem a palavra, William D. Mounce define arsenokoitai como “Um homem que pratica sexo com outro homem”. [25]


Igreja e o casamento LGBTQIA+

Apesar de ser um tema carregado de emoções e visões conflitantes, a verdade é que a interpretação correta das Escrituras condena o casamento LGBTQIA+.

Passagens bíblicas como Gn 2:24 e Mt 19:4-6 deixam claro que Deus estabeleceu o casamento como a união entre um homem e uma mulher.

Algumas vertentes cristãs, como o catolicismo romano, definem o casamento como um sacramento, um meio de graça divina e um reflexo do amor entre Cristo e a Igreja.

Alianças de um casamento LGBTQIA+
Alianças de um casamento LGBTQIA+

Visão secular sobre o casamento

Nas últimas décadas, muitos países começaram a reconhecer legalmente o casamento entre pessoas do mesmo sexo, quebrando com a visão milenar de que o casamento é estabelecido entre pessoas do sexo oposto.

Essa mudança de mentalidade da sociedade impôs sobre o cristianismo diversas discussões que antes não ocorriam, como, “O casamento entre pessoas do mesmo sexo é aceito por Deus?”. Sob essa questão, muitas denominações tem reconsiderado e quebrado com a visão ortodoxa de casamento.

Diferentes visões cristãs acerca do casamento

A discussão cristã acerca do casamento homoafetivo, ou LGBTQIA+, dividiu as igrejas evangélicas, e católicas, em três grandes grupos, as:

  • Igrejas tradicionais, também chamadas de Igrejas Conservadoras;
  • Igrejas inclusivas Afirmativas ou Igrejas Progressivas;
  • Igrejas em Transição para o progressismo.

Igrejas tradicionais

Muitas igrejas, como a Católica, Ortodoxa e várias evangélicas, mantêm a visão bíblica do casamento. Elas defendem que o casamento é estabelecido entre a união de um homem e uma mulher.

Essas igrejas são acusadas pelas igrejas afirmativas de serem retrógradas, atrasadas socialmente e intelectualmente, tudo devido a sua posição bíblica acerca do tema do casamento homoafetivo e LGBTQIA+.

A verdade é que elas são igrejas que não se deixaram levar pelas imposições da mentalidade secular atualmente. Elas se mantêm firmes na mandamento bíblico de se manter longe do modo de pensar secular (Rm 12:2).

Pastor presbiteriano pregando na igreja
Pastor presbiteriano pregando na igreja

“E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”

Romanos 12:2 (ARA)

Igrejas Progressistas ou Igrejas Inclusivas Afirmativas

Algumas igrejas, como a Episcopal, a Unida de Cristo e certos ramos da Luterana, têm adotado uma postura mais inclusiva.

Elas acreditam que o amor e o compromisso entre duas pessoas do mesmo sexo podem refletir os valores cristãos de amor e fidelidade, realizando cerimônias de casamento para casais LGBTQIA+, o que vai totalmente contra as Escrituras, conforme demonstrado anteriormente neste artigo.

A Bíblia nos advertiu que alguns deixariam a doutrina bíblica, se afastariam dos ensinamentos do Senhor para se levar por mentiras mundanas.

Ilustração de uma igreja afirmativa com a bandeira LGBTQIA+
Ilustração de uma igreja afirmativa com a bandeira LGBTQIA+

“Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si mesmos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos. “

2 Timóteo 4:2-3 (NVI)

Igrejas em Transição

Algumas denominações, como a Metodista Unida, estão em meio a debates e divisões internas sobre o tema da aceitação de casamentos homoafetivos e LGBTQIA+.

Alguns consideram que essas denominações estão buscando equilibrar a fidelidade às tradições e a aceitação de pessoas de LGBTQIA+. Mas na verdade, essas igrejas estão enfrentando uma insurreição internas de pessoas que não são capazes de deixar seus desejos mundanos e se submeterem aos ensinos bíblicos.


Significado de “igreja afirmativa”

A palavra “afirmativa” do termo “igreja afirmativa” é aplicada pelo movimento LGBTQIA+ como forma de ratificar as posições ideológicas, religiosas, identitárias e filosóficas de determinado indivíduo.

As igrejas que seguem essa visão buscam auxiliar a pessoa a consolidar suas crenças interiores, com o objetivo de torná-las mais feliz consigo mesma, independente se suas crenças sejam imorais ou contrariem determinada religião/crença.


Os perigos das igrejas afirmativas

Uma visão correta e ortodoxa das Sagradas Escrituras evidenciam o erro teológico defendido pelas igrejas inclusivas afirmativas. Infelizmente muitos materiais científicos, teológicos e acadêmicos tem sido produzido com o objetivo de defender a ideia de que “Deus não condena o homossexual devido sua conduta sexual”, o que como mostrado por esse trabalho está distante da verdade bíblica.

Igrejas como a estadunidense MCC e a brasileira IPU que promovem a abertura de igrejas inclusivas afirmativas, não estão levando o Reino de Cristo e palavra de arrependimento para os praticantes da homossexualidade, pelo contrário, os estão prendendo em uma vida de pecado que não agrada ao Senhor.

“O Espírito afirma claramente que nos últimos tempos alguns se desviarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a ensinamentos de demônios, que vêm de indivíduos hipócritas e mentirosos, cuja consciência está morta.”

1 Timóteo 4.1-2 (NVT)

O crescimento de igrejas inclusivas afirmativas, no Brasil e no mundo, se deve por conta desses que escolheram se desviar da sã doutrina e deram ouvidos a ensinamentos demoníacos. Que essa verdade não nos conduza a virarmos as costas para seus seguidores, mas nos levem a olharmos com compaixão e misericórdia, os conduzindo ao verdadeiro ensino, removendo deste meio aqueles que foram enganos e que ainda podem ser salvos.

Vale destacar que diante dos diversos artigos, livros e demais documentos produzidos que defendem a teologia inclusiva afirmativa, poucos materiais realmente debatiam sua teologia e/ou citavam passagens bíblicas para defender seus argumentos.

Entendo, diante desse fato, que em nenhum momento esses movimentos procuram fornecer um alimento espiritual para seus seguidores, não se preocupam em ensinar valores e preceitos bíblicos. São um grupo de pessoas que militam uma aceitação forçada as práticas homossexuais e ao pensamento deturpado do movimento LGBTQIA+, sobre os cristãos.


Aprenda mais

[Vídeo] Teologia Queer, o que é isso? Rodrigo Silva Arqueologia.

[Vídeo] Seu pastor tem tudo para ser o próximo a se render. Pastor Rodrigo Mocellin.

[Vídeo] O perigo da Teologia Inclusiva e a homossexualidade – Augustus Nicodemos. Voltem ao Evangelho.

[Vídeo] Teologia Queer, o que é isso? Rodrigo Silva Arqueologia.

[Livro] A Bíblia e sua família: Exposições bíblicas sobre casamento, família e filhos. Augustus Nicodemus Lopes.

[Livro] Polêmicas na Igreja: Doutrinas, práticas e movimentos que enfraquecem o cristianismo. Augustus Nicodemus Lopes.

[Livro] Homossexualidade Na Igreja Cristã. Abdenal Carvalho.

[Livro] Aconselhando Cristãos em Luta com a Homossexualidade. Débora Fonseca Cunha.

[Livro] Identidade e sexualidade: Reformando nossa visão de conceitos fundamentais. Pedro Dulci.


Perguntas comuns

Nesta seção apresentamos as principais perguntas, com suas respectivas respostas, acerca do temas igreja inclusiva afirmativa.

Quem desenvolveu a leitura inclusiva da Bíblia?

Diversos autores escreveram bíblicas comentadas voltadas para a inclusão da comunidade LGBTQIA+. O primeiro autor que se tem conhecimento no Brasil, foi Elias Lilikan, membro da ICM (Igreja da Comunidade Metropolitana).

Este desenvolveu uma série de estudos e comentários da Bíblia, que buscavam promover uma leitura mais inclusiva do texto sagrado, segundo o visão LGBTQIA+.

Quem criou a igreja inclusiva afirmativa?

o precursor das igrejas cristãs inclusivas no mundo foi o reverendo Troy Perry Jr, nascido em 27 de julho de 1940.


Fontes

[1] OLIVEIRA, Luiz Gustavo Silva de. “O Senhor é meu pastor e ele sabe que eu sou gay”: etnografando duas igrejas inclusivas na cidade de São Paulo / Luiz Gustavo Silva de Oliveira; orientadora: Sonia Maria Giacomini. – 2017. Dissertação (mestrado) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Departamento de Ciências Sociais, 2017.

[2] SILVA, Adriano; NJANEI, Kathie; OLIVEIRA, Quieti B. M. Discursos e contra discursos de cunho religioso em comunidades virtuais na internet: O que diz a teologia inclusiva. Seminário Internacional Fazendo Gênero: 12 lugares de fala, 1., Florianópolis, 2021.

[3] LIMA, Bruno. As igrejas inclusivas brasileiras: Uma breve contextualização histórica, Natal, UFRN, 2018.

[4] BALEY, Derrick Sherwin. Homosexuality and the Western Christian Tradition. 1 ed., Reino Unido, Longmans, Green and Co, 1955.

[5] ANDRADE, Aíla Luzia Pinheiro de, et al. Estudos de Teologia E Ciências Da Religião 2. 1 ed., Atena Editora, 2023, p. 11-20.

[6] PERRY, Troy D. The Lord Is My Shepherd & He Knows I’m Gay. 1 ed., vol. 1, Los Angeles, Nash Pub. Corp, 1994, p. 254.

[7] “Perry and his early followers had the audacity to claim for homossexuals the social space given over to subcultural groups through american churches”, no original. WARNER, Stephen R. The metropolitan Community churches and the gay agenda: the power of Pentecostalism and essentialism. In: BROMLEY, David G; GOLDMAN, Marion S; NEITZ, Mary J. Sex, lies, and sanctity: religion and deviance in contemporary north America. Bingley: Emerald, 1995, p. 81-108.

[8] NAPOLI, Pablo Vinicius; SERAFIM, Vanda Fortuna. Sexualidade e religião na academia americana. XVII Simpósio nacional da ABHR. II Simpósio nacional de estudos da religião da UEG: Éticas e religiões em tempos de crise. 1 ed., nov, UEG 2021.

[9] WILCOX, M. Of markets and missions: the early history of the Universal Fellowship of Metropolitan Community Churches. Religion and American culture, v. 11, n. 1, 2001, p. 83-108.

[10] BERTOLOTTO, Rodrigo. O arco-íris invade o céu. Uol.com.br, 2018. Acesso em: 28 mar. 2024.

[11] NATIVIDADE, Marcelo. Deus me aceita como eu sou: a disputa sobre o significado da homossexualidade entre evangélicos no Brasil. Tese de Doutorado. Rio de Janeiro: IFCS/UFRJ. Mimeo, 2008.

[12] IGREJA PREBITERIANA UNIDA DO BRASIL. “Relato Ecumênico”. Traço de União, vol. 128, Ago 2021, p. 18.

[13] WEISS, Fátima de Jesus. Unindo a cruz e o arco-íris. (TESE): Vivência Religiosa, Homossexualidades e Trânsitos de Gênero na Igreja da Comunidade Metropolitana de São Paulo – Florianópolis SC, 2012.

[14] BUTLER, Judith. Vida precária: os poderes do luto e da violência, tradução Andreas Lieber; revisão técnica Carla Rodrigues, 1 ed. Belo Horizonte, Autêntica Editora, 2018.

[15] Entrevista com o Pastor Marvel Souza, criador da primeira bíblia inclusiva brasileira. Revista Lado A. Entrevista de 2015.

[16] CARVALHO, Abdenal. Homossexualidade na igreja cristã. 1ed. Clube dos Autores. 2019.

[17] ROSCOE, Will; MURRAY, Stephen O. Islamic Homosexualities: Culture, History, and Literature. New York, NY: New York University Press. 1997. p. 65.

[18] CASTRO, Juliana. Site de associação que luta pelos direitos LGBT sofre ataque e exibe mensagem contra a homossexualidade. O Globo, 1 Jun 2011. Acesso em: 11 abr. 2024.

[19] “וְכִ פר֩ עָלָָ֨יו הַכֹּהֵֵ֜ן בְאֵֵ֤יל הָָֽאָשָם֙ לִפְנֵֵ֣י יְהוָָ֔ה עַל־חַטָאת֖וֹ אֲ שֵ֣ר חָטָָ֑א וְנִסְלֵַ֣ח לָ֔וֹ מֵחַטָאת֖וֹ אֲ שֶׁ֥ר חָטָָֽא׃ פ ”, no original Westminster Leningrad Codex

[20] STRONG, James. Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2002.

[21] PALMA, Fernando. Cristianismo Inclusivo Simplificado. 2 ed., 2019. Acesso em: 11 abr. 2024.

[22] BRAKEMEIER, Gottfried. Profecia: Seu significado na tensão entre o antigo e o novo testamento. Estudos Teológicos, vol. 22, 3 ed., 1982, p. 146-169.

[23] TORRES, Milton. A evidência linguística e extralinguística para a tradução de arsenokoita. Revista Hermenêutica, v. 12, n. 1, p. 25-49, 2012.

[24] SCROGGS, Robin. The New Testament and homosexuality. Philadelphia: Fortress, 1983.

[25] MOUNCE. W. D. Léxico Analítico do Novo Testamento Grego. Vida Nova. 2021. p. 120; 398

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