Igreja LGBTQIA+

Uma igreja LGBTQIA+ é uma denominação pseudocristã que prega a aceitação de pessoas de LGBTQIA+, sem confrontar seus pecados.

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Uma igreja LGBTQIA+ é uma comunidade de fé pseudocristã que acolhe, afirma e apoia pessoas que se identificam como parte da comunidade LGBTQIA+.

Essas igrejas pregam a inclusão de pessoas LGBTQIA+ dentro do ambiente cristão, seja católico ou protestante. Segundo eles, não há nenhum empecilho para pessoas não heteras ocuparam cargos de liderança e participarem dos sacramentos cristãos.

Tais denominações sustentam a tese de que Deus é um ser amoroso, que não condena a homossexualidade e outras identidades de gênero ou orientações sexuais. Para eles, o Senhor não as considera pecado.


Princípios da igreja LGBTQIA+

As igrejas LGBTQIA+ defendem que todas as pessoas podem cultuar a Deus, independente de seus pecados sexuais. Para isso, em sua maioria, elas seguem alguns principais que norteiam sua visão de igreja, Deus e Bíblia.

  • Todas as pessoas são amadas por Deus. E esse amor independentemente da orientação sexual ou identidade de gênero de cada indivíduo.
  • O Senhor celebra e aprova toda diversidade de gênero;
  • O casamento de casais LGBTQIA+ são abençoados pelo Senhor;
  • Não há impedimentos para pessoas LGBTQIA+ assumirem cargos eclesiásticos;
  • A interpretação das passagens bíblicas devem promover a inclusão de pessoas LGBTQIA+;
  • A igreja deve ser um ambiente de diálogo e luta para a causa do movimento LGBTQIA+.

Além desse princípios que apontamos, uma denominação ou outra pode adotar outros que descrevem sua cosmovisão e entendimento de cristianismo.

Uma igreja voltada para o público LGBTQIA+, também pode ser chamada de:

O nome pela qual ela é comumente chamada descreve qual o público que ela busca trabalhar de forma mais específica, assim como descreve um pouco também de seus princípios e sua suposta causa.

Imagem Igreja LGBTQIA+
Imagem Igreja Inclusiva LGBTQIA+

Primeiras igrejas LGBTQIA+

A discussão sobre a aceitação de pessoas LGBTQIA+ dentro de contextos cristãos é antiga, tendo discussões datadas do século XVII e XVIII. Entretanto, igrejas voltadas especificamente para este público, é algo recente, datado da década de 1970, com a fundação da primeiro igreja inclusiva afirmativa, Metropolitan Community Church (MCC). [1]

Metropolitan Community Church (MCC)

A Igreja da Comunidade Metropolitana, nome em português da Metropolitan Community Church, foi a primeira igreja voltada para o público LGBTQIA+ do mundo. Ela foi fundada em 1968, pelo americana Troy Perry Deroy, em Los Angeles, Califórnia. [1]

Além de ser a primeira, atualmente ela é a maior denominação voltada para a comunidade LGBTQIA+. Tendo em seu roll de membros pessoas famosas e influentes.

Descrevemos um pouco mais deste denominação pseudocristã em nosso artigo sobre Igreja Inclusiva Afirmativa.

Foto da Metropolitan Community Church de Los Angeles, a primeira igreja inclusiva afirmativa do mundo
Foto da Metropolitan Community Church de Los Angeles, a primeira igreja inclusiva afirmativa do mundo

United Church of Christ (UCC)

Outra pioneira para este público, foi a United Church of Christ (UCC), em português Igreja Unida de Cristo.

Apesar de não ter sido fundada inicialmente para o o público LGBTQIA+, ela foi uma das primeiras denominações cristãs a se deixar levar por esta heresia. Se tornando uma igreja inclusiva LGBTQIA+ em 1985.

Dentre suas causas, além de aceitar a prática homoafetiva, esta denominação apoia o casamento entre pessoas não heteras e prega que Deus abençoa suas práticas.

Igreja Luterana da Suécia

A Igreja Luterana da Suécia também deu passos significativos em direção à heresia da inclusão afirmativa dentro do meio cristão.

Em 2009 essa igreja passou a permitir o casamento de pessoas do mesmo sexo, sendo uma das mais relevantes da Europa a adotar tal postura pecaminosa.

Igreja Episcopal dos Estados Unidos

A Igreja Episcopal dos Estados Unidos seguiu um caminho progressista semelhante. Em 2003, Gene Robinson foi consagrado como o primeiro bispo abertamente gay na Comunhão Anglicana, e em 2015, a Igreja Episcopal aprovou o casamento de casais do mesmo sexo.

DignityUSA

DignityUSA, fundada em 1969 em Los Angeles, é uma organização dedicada a criar uma comunidade inclusiva afirmativa para católicos LGBTQIA+, promovendo sua causa dentro da Igreja Católica Apostólica Romana.

Embora não seja uma denominação separada, a DignityUSA é a principal organização de fé católica que promove a causa da comunidade LGBTQIA+

Logo da DignityUSA
Logo da DignityUSA

Igrejas LGBTQIA+ no Brasil

As igrejas LGBTQIA+ no Brasil surgiram como uma extensão do movimento de igrejas LGBTQIA+ americano, das décadas de 1960 a 1980. As primeiras igrejas no Brasil e promover esta heresia, surgiram no início da década de 1990, sendo as mais relevantes e duradouras do início dos anos 2000.

Dentre as principais denominações LGBTQIA+ do Brasil, estão:

  • Comunidade Cristã Nova Esperança Internacional (CCNEI);
  • Igreja Cristã Contemporânea (ICC);
  • Cidade de Refúgio (CR);
  • Igreja da Comunidade Metropolitana (ICM);
  • Igreja Batista do Caminho (IBC).

Erros teológicos das igrejas LGBTQIA+

Do ponto de vista ortodoxo e correto das Escrituras, o crescimento e difusão de igrejas LGBTQIA+ é visto com preocupação, pois seus ensinos deturpam a correta interpretação bíblica e pregam um falso evangelho, que dificulta muitos de conhecerem o Senhor verdadeiramente.

Princípios teológicos das igrejas tradicionais

Dentre os principais princípios defendidos pela igreja tradicionais, que defendem uma visão correta das Escrituras e que condenam os ensinos das igrejas LGBTQIA+, são:

  • Autoridade das Escrituras;
  • Deus criou homem e mulher;
  • Pecado e arrependimento.

Autoridade das Escrituras

A Bíblia é a autoridade suprema em questões de fé e prática. Qualquer ensino ou prática que contrarie a interpretação tradicional das Escrituras é visto como um erro.

Negar a autoridade das Escrituras é negar os ensinos do Senhor.

Homilética - Ilustração de um pastor presbiteriano pregando a palavra a frente da igreja
Ilustração de um pastor presbiteriano pregando a palavra a frente da igreja

Deus criou homem e mulher

Deus criou o homem e a mulher com gêneros complementares para a união matrimonial conforme o texto bíblico de Gênesis 2:24. O casamento, segundo esta visão, é definido exclusivamente como a união entre um homem e uma mulher.

“Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne.”

Gênesis 2:24 (NVI)

Pecado e Arrependimento

A Bíblia classifica os atos homossexuais como pecado (Lv 18:22, Rm 1:26-27). As Escritura ensina que todos os seres humanos são chamados ao arrependimento e à transformação de vida em conformidade com os mandamentos e ensinos bíblicos.

Defender a conduta homoafetiva é ir contra os ensino de Deus registrados no texto sagrado.

Erros teológicos das igrejas LGBTQIA+

Dentre os principais erros teológicos utilizados pelas igrejas LGBTQIA+, que negam a verdade bíblica e conduzem muitos para o erro da teologia afirmativa, podemos citar:

  • Reinterpretação das Escrituras;
  • Negação do pecado;
  • Negar que Deus estabeleceu o casamento apenas entre homem e mulher;
  • Alteração da natureza do arrependimento.

Reinterpretação das Escrituras

Igrejas LGBTQIA+ cometem o erro de reinterpretar passagens bíblicas para justificar práticas homossexuais e identidades de gênero não binárias.

Essas igrejas ignoram o contexto das passagens bíblicas, ignoram os métodos de interpretação textuais adotados pelas igrejas tradicionais e rejeitam as principais traduções bíblicas, para interpretar as passagens de forma errônea, considerada mais inclusiva afirmativa.

Papiro 46, um dos papiros mais antigos do Novo Testamento , mostrando 2 Coríntios 11:33–12:9
Papiro 46, um dos papiros mais antigos do Novo Testamento , mostrando 2 Coríntios 11:33–12:9

Negação do pecado

Aceitar as práticas homossexuais e a deturpação das identidades de gênero, é abraçar o pecado e negar o ensino bíblico. Passagens como Levítico 18:22, Romanos 1:26-27.

Ao negar o pecado, essas igrejas negam a Bíblia e os ensinos de Deus, dessa forma, negando a obra de Cristo. A aceitação dessas práticas sem arrependimento contradiz a mensagem central do Evangelho sobre a necessidade de transformação e santificação.

“Por causa disso Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza. Da mesma forma, os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão.”

Romanos 1:26-27 (NVI)

Casamento entre homem e mulher

As igrejas LGBTQIA+ são se comprometem com a sacralidade do casamento criado por Deus, que define apenas o casamente entre homem e a mulher. Essas igrejas se deixaram levar por uma pluralidade de casais e uma bagunça identitária.

Alteração da natureza do arrependimento

Os que seguem tais igrejas negam se arrependerem de seus pecados e escolhem viver no erro. Elas ignoram as repreensões bíblicas e decidem não abandonar aquilo que Deus condena.

Não há como ser resgatado, sem reconhecer seus pecados, sem negar a si mesmo.


Aprenda mais

[Vídeo] Teologia Queer, o que é isso? Rodrigo Silva Arqueologia.

[Vídeo] O perigo da Teologia Inclusiva e a homossexualidade – Augustus Nicodemos. Voltem ao Evangelho.

[Vídeo] Teologia Queer, o que é isso? Rodrigo Silva Arqueologia.

[Livro] A Bíblia e sua família: Exposições bíblicas sobre casamento, família e filhos. Augustus Nicodemus Lopes.

[Livro] Homossexualidade Na Igreja Cristã. Abdenal Carvalho.

[Livro] Aconselhando Cristãos em Luta com a Homossexualidade. Débora Fonseca Cunha.

[Livro] Identidade e sexualidade: Reformando nossa visão de conceitos fundamentais. Pedro Dulci.


Perguntas comuns

Nesta seção apresentamos as principais perguntas, com suas respectivas respostas, sobre esse movimento de igrejas LGBTQIA+.

Igreja LGBTQIA+ é pecado?

Sim, a Bíblia deixa claro que Deus não aprova as práticas homoafetivas e a deturpação de gêneros sustentados pelas igrejas LGBTQIA+. Texto como Levítico 18:22 e Romanos 1:26-27 são claros a esse respeito.

Deus acolhe a comunidade LGBTQIA+?

Deus não acolhe a comunidade LGBTQIA+, o Senhor não aprova suas condutas pecaminosas. Entretanto, se uma pessoas LGBTQIA+ reconhecer seus pecados, se arrepender, deixar de práticas e se voltar verdadeiramente para Deus. O Senhor a acolherá.

LGBTQIA+ serão salvos?

A Bíblia ensina que todo aquele que se arrepender e reconhecer Jesus Cristo como único e suficiente Salvador, será salvo. Então se a pessoa que se identifica como LGBTQIA+ se arrepender e seguir o caminho apontado por Cristo, ela será salva. Caso essa pessoa escolha seguir na prática do pecado, defendido pelo movimento LGBTQIA+, ela não será salva e não irá para o céu.

Qual é a posição da Igreja em relação a homossexualidade?

A Igreja segue a visão bíblica de que considera a homossexualidade pecado, como uma prática que não agrada a Deus. Versículos como Romanos 1:26-27 deixam claro a repreensão bíblica acerca do relacionamento homoafetivo.

Qual o nome da igreja que aceita LGBT?

Essas “igrejas” são chamadas de igrejas inclusivas afirmativas, ou também igrejas afirmativas, ou apenas igrejas LGBT.

Quantas igrejas LGBT existem?

Não é possível estimar o número exato, mas apenas no Brasil acredita-se que exista mais de 50 denominações, ou seja, “igrejas” LGBTQIA+.

Como se chama a igreja dos gays?

O principal nome utilizado para uma “igreja” gay é igreja inclusiva afirmativa, mas também pode ser chamada de igreja afirmativa, igreja LGBTQIA+, igreja gay, igreja queer, e diversas outras variações. Apesar de serem nomes diferentes, muitas delas se referem ao mesmo movimento pseudocristão.

O que é a igreja LGBT?

Igreja LGBTQIA+, é uma denominação pseudocristã, que se nega a pregar a condenação as práticas homoafetivas e demais pensamentos promovidos para comunidade LGBTQIA+.

Quantas igrejas LGBT tem no Brasil?

Não se sabe a quantidade exata de igrejas LGBTQIA+ no Brasil, estima-se que no início da década de 2020 existam mais de 50 denominações no Brasil, com algumas estando em diversas cidades e tendo diversos templos.

Pode ser LGBT no catolicismo?

A Igreja Católica Apostólica Romana, segue a ortodoxia cristã, defendendo que a prática homossexual é pecado. O Papa Franciso deixeou claro em um de seus discursos, que a atração por pessoas do mesmo sexo não é pecado, é uma tentação que deve ser vencida como diversas outras, mas os atos homossexuais são pecado e não devem ser promovidos. [2]

Neste mesmo discurso, o Papa Francisco defende que a Igreja Católica não deve margilizar aqueles que se deixaram levar por este pecado. O papel da Igreja Católica é abraçá-los e trazê-los ao arrependimento. [2]

O que a igreja diz sobre homossexuais?

A visão ortodoxa dos cristãos, sejam católicos, ortodoxos ou protestantes, é de que a prática homossexual é pecado e seus praticantes, ao menos que se arrependam, não serão salvos.

O que o papa Francisco fala sobre LGBT?

O Papa Francisco, em uma de suas declarações, disse que o desejo, ou seja, a atração por pessoas de um mesmo sexo não é pecado. É uma tentação que, como qualquer outra, as pessoas estão sujeitas e devem vencê-la. Na mesma declaração, o papa argumenta que os atos da comunidade LGBTQIA+ são sim pecado. [2]

O que a Igreja Católica diz sobre homoafetividade?

A Igreja Católica defende, assim como os protestantes, que a homoafetividade, ou seja, a atração por pessoas do mesmo sexo, é um tentação como diversas outras que as pessoas estão sujeitas. Entretanto, a prática homoafetividade, ou seja, o relacionamento sexual entre pessoas do mesmo sexo, é sim pecado. [2]

O que os santos dizem sobre a homossexualidade?

A posição oficial da Igreja Católica diz que a atração homossexual não é pecado, mas os atos sexuais em si são pecado [3]. Alguns argumentam que alguns santos, como São Sebastião, defendiam a prática homossexual, mas isto é apenas uma tentativa de forçar uma aceitação da prática homossexual dentro da fé católica.

O que Jesus fala sobre homossexuais?

A Bíblia não registra nenhuma condenação específica de Jesus Cristo contra a prática homossexual. Jesus defende o relacionamento/casamento heterossexual, como pode ser visto em Mateus 19:4-6.

Ele respondeu:

― Vocês não leram que, no princípio, o Criador “os fez homem e mulher” e disse: “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne”? Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, ninguém separe o que Deus uniu.

Mateus 19:4-6 (NVI)

O que o papa falou sobre união homoafetiva?

O Papa Francisco aprovou uma espécie de benção para os casais homoafetivos, desde que esta benção não imite o matrimônio heterosexxual. Ele argumenta que esses casais são casais irregulares, e que suas práticas não aprovadas pela Igreja Católica. [4]

Aparentemente esta “benção” é uma forma de atrair essas casais a Igreja Católica, e os inserir no cotidiano da igreja. De modo, cremos, que eles possam ouvir a Palavra e chegar ao arrependimento.

Pode ser LGBT e católico?

Segundo as palavras do Papa Francisco, a Igreja Católica tem o dever de acolher a todos. Então as pessoasl da comunidades LGBTQIA+ podem sim frequentar as reuniões católicas, entretanto a ortodoxia católica, assim como a protestante, condena todos os atos homossexuais.

Como a Igreja Católica vê o homossexualismo?

A Igreja Católica, assim como a protestante, defende a visão ortodoxa e condena a prática homossexual e considera o homossexualismo pecado.

Entretanto, assim como muitas denominações protestantes, o catolicismo não impede que casais homoafetivos participem de suas reuniões.


Fontes

[1] ANDRADE, Aíla Luzia Pinheiro de, et al. Estudos de Teologia E Ciências Da Religião 2. 1 ed., Atena Editora, 2023, p. 11-20.

[2] Papa Francisco diz que leis que criminalizam pessoas LGBT são um ‘pecado’ e uma injustiça. CNN Brasil.

[3] Como São Sebastião e outros santos se tornaram amados por LGBTs. UOL.

[4] Papa Francisco aprova bênção aos casais homoafetivos desde que ‘não imite o matrimônio’. Carta Capital.

Alguns dos argumentos e dos pontos debatidos neste artigo podem ser encontrados de forma mais completa em nossa artigo sobre Igreja Inclusiva Afirmativa. Este foi o principal material utilizado para se escreve este artigo.

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