Arumá era uma pequena cidade no território de Efraim, na qual foi utilizada por Abimeleque, filho de Jerubaal, para organizar suas tropas e preparar um ataque contra aqueles que buscaram derrubar o seu reinado em Siquém.
Foi desta cidade que o rei Abimeleque lançou seu ataque contra os habitantes das cidades de Siquém e Bete-Milo, contra a revolta de Gaal e sua família. (Jz 9:41)
História da cidade de Arumá
A cidade de Arumá é mencionada apenas em Juízes 9:41, no contexto do reinado de Abimeleque, filho de Jerubaal (Gideão).
Origem de Arumá de Efraim
Devido a falta de informações acerca da cidade ao longo do texto bíblico, é difícil dizer com certa certeza como se deu a origem de fundação de Arumá. O mais provável é que tenha sido criada pelos israelitas nos primeiros anos de estadia em Canaã, após sua conquista da Terra Prometida.
Ascensão de Abimeleque
Abimeleque foi um dos filhos do juiz Gideão. Fruto da relação de Gideão com uma de suas concubinas, mais especificamente com sua concubina da cidade de Siquém.
Abimeleque é considerado um homem tirano e perverso. Durante sua ascensão para se tornar rei da cidade de Siquém, ele, juntamente dos moradores das cidades de Bete-Milo e Siquém, matou todos os seus 70 irmãos na cidade de Ofra, com exceção de Jotão que fugiu para o monte Gerizim.
Após assassinar seu irmão, Abimeleque foi coroado rei sobre a cidade de Siquém. Por três anos ele governou a cidade, até entrar em conflito com seus moradores que se rebelaram e planejaram sua derrubada do poder.
Gaal, filho de Ebede, liderou uma rebelião contra o governo de Abimeleque e Zebul, governantes da cidade. Durante o levante o rei Abimeleque fugiu para a cidade de Arumá, onde planejou e lançou um contra-ataque contra os revoltosos.
Depois de conduzir seu exército de Arumá até Siquém e Bete-Milo, Abimeleque conseguiu conter a revolta. Abimeleque destruiu a cidade e matou seus habitantes. Durante a perseguição contra o remanescente dos revoltosos na cidade de Tebes, o rei Abimeleque foi atingido por uma pedra lançada de um moinho, e morreu posteriormente.
Declínio e desaparecimento da cidade de Arumá
Com o passar dos anos a região da tribo de Efraim passou pelo domínio de diversos impérios locais, como a Assíria e Babilônia. Sua população acabou sendo levada cativa para outras regiões desses impérios e a cidade foi abandonada.
O remanescente da cidade deve ter migrado para outras cidade mais importantes politicamente e economicamente.
Apesar de não se saber com clareza quando se deu o fim da cidade, sabe-se que ela possuiu o mesmo destino de diversas cidades israelitas mencionadas ao longo do Antigo Testamento, dominadas, abandonadas e esquecidas com o tempo.
Geografia e localização de Arumá
A cidade de Arumá ficava na tribo de Efraim. Uma região era montanhosa e fértil, propícia para a agricultura e a pecuária. Apesar dessas atividades econômicas, a cidade não desempenhou grande papel na economia regional. Suas atividades agrícolas e pecuárias serviam mais para a subsistência de seus habitantes.
Cidades vizinhas
As principais cidades próximas de Arumá e que se tornaram importantes centros políticos, religiosos e culturais de Israel em diferentes épocas, são:
- Siquém;
- Tirza;
- Siló.
Possível localização de Arumá
Arumá é identificada como Khirbet el-ʽOrmah (Horvat ʼel-ʽUrmeh), a cerca de 8 km ao sudeste da cidade de Siquém. Essa localização está de acordo com a narrativa bíblica, que diz que Abimeleque fugiu de Siquém para Arumá, e depois voltou para atacar a cidade. (Jz 9:41-49)
Significado do nome Arumá
O nome Arumá significa “altura” ou “lugar exaltado” em hebraico. Essa cidade é mencionada apenas uma vez na Bíblia.
Aprenda mais
[Podcast] Quem foram os juízes? Btcast.
[Vídeo] Quem foi ABIMELEQUE? A História de ABIMELEQUE, o filho de GIDEÃO que matou seus 70 IRMÃOS. Canal Ilustrarrando.
[Vídeo] Juízes. Bible Project – Português.
[Livro] Geografia Bíblica. Claudionor de Andrade.
[Livro] Geografia da terra santa e das terras bíblicas. Enéas Tognini.
[Livro] Juízes. Robert B. Chisholm Jr.
[Livro] O que aprendemos com a história de Gideão. Eraldo Carlos Batista.