Marta, irmã de Lázaro e Maria, é uma figura proeminente nos evangelhos de Lucas e João, conhecida por sua hospitalidade e fé.
Ela é uma das personagens femininas mais detalhadas no Novo Testamento, oferecendo importantes lições teológicas. Sua história, centrada em sua casa em Betânia, revela nuances sobre serviço, fé e a presença de Jesus. Ela representa a diligência no serviço, mas também a necessidade de priorizar a escuta da Palavra.
Neste artigo apresentamos a história desta personagem do Novo Testamento, sua relevância e legado.
Origem e família de Marta
Marta residia na aldeia de Betânia, localizada a cerca de três quilômetros de Jerusalém [1].
Esta proximidade com a capital judaica sugere que sua família vivia em uma área de grande movimentação religiosa e social. Embora a Bíblia não forneça detalhes sobre seus pais ou seu nascimento, é evidente que ela era a chefe da casa.
A menção dela primeiro em João 11:1 (“Havia um certo Lázaro de Betânia, da aldeia de Maria e de sua irmã Marta”) e Lucas 10:38 (“uma mulher chamada Marta o recebeu em sua casa”) indica seu papel central.
A família desfrutava de uma relação próxima e de amizade com Jesus Cristo, que frequentemente os visitava [2]. Essa casa se tornou um refúgio e um lugar de ensino para o Mestre.

Maria, irmã
Maria é a irmã de Marta, e as duas são frequentemente contrastadas nos Evangelhos. Ela é apresentada como alguém que prioriza a escuta da palavra de Jesus, sentando-se aos pés Dele. Sua devoção e foco espiritual são evidentes em todas as suas aparições. Maria representa a atitude de contemplação e adoração.
Ela é também a mulher que ungiu os pés de Jesus com um perfume caro antes de sua crucificação [João 12:3]. Esse ato de amor e sacrifício foi amplamente elogiado por Jesus. A fé de Maria, assim como a dela, foi testada durante a morte de Lázaro, mas ela permaneceu fiel.
Lázaro, irmão
Lázaro era o irmão de Marta e Maria, e sua história está intrinsecamente ligada à fé de sua família.
Ele é conhecido por ser ressuscitado por Jesus, um dos milagres mais espetaculares registrados nos Evangelhos (João 11:1-44). A doença e morte de Lázaro serviram como um catalisador para Jesus demonstrar seu poder divino.
A ressurreição de Lázaro não apenas solidificou a fé das irmãs, mas também provocou uma reação significativa entre as autoridades judaicas.
Este evento intensificou o conflito com Jesus, levando a um aumento os planos para prendê-lo. A vida de Lázaro após a ressurreição não é detalhada na Bíblia, mas ele continuou sendo uma testemunha viva do poder de Jesus.

Marta e Jesus em Betânia
Um dos relatos mais conhecidos sobre Marta ocorre em Lucas 10:38-42, onde ela recebe Jesus em sua casa. Este episódio revela aspectos importantes de sua personalidade e das prioridades espirituais.
A cena se desenrola com ela envolvida em muitos afazeres domésticos, enquanto sua irmã Maria escolhe sentar-se aos pés de Jesus.
A preocupação de Marta com o serviço
Marta, cheia de zelo pela hospitalidade, estava “distraída com muitos serviços” (Lucas 10:40). Sua preocupação era com os detalhes práticos de receber o convidado importante.
Ela queria garantir que tudo estivesse perfeito para Jesus e seus discípulos. Esta atitude mostra sua dedicação e seu desejo de servir.
A sua natureza pragmática e ativa é evidente. Ela se dedicava ao trabalho manual, buscando proporcionar o melhor ambiente.
Este perfil a torna identificável para muitos que se preocupam com as responsabilidades diárias. Contudo, essa dedicação ao serviço também a levou a uma preocupação excessiva.

A reclamação de Marta
Frustrada com a falta de ajuda de Maria, Marta se aproximou de Jesus e exclamou: “Senhor, não te importas que minha irmã me tenha deixado sozinha a servir? Diz-lhe, pois, que me ajude” (Lucas 10:40). Essa reclamação revela seu estresse e a expectativa de que Jesus interviria em seu favor. Ela sentia que suas prioridades estavam sendo desvalorizadas.
Sua queixa não era apenas sobre Maria, mas também uma indagação a Jesus sobre sua aparente indiferença. Ela buscava validação para seu esforço e alívio para sua carga. Este momento destaca a tensão entre o serviço ativo e a quietude da escuta.
A resposta de Jesus
A resposta de Jesus a Marta é um dos pontos cruciais do episódio: “Marta, Marta, estás ansiosa e perturbada com muitas coisas, mas uma só é necessária” (Lucas 10:41-42).
Ele reconheceu o esforço dela, mas apontou para a prioridade espiritual. Jesus não criticou o serviço, mas a ansiedade que o acompanhava.
Ele afirmou que Maria havia escolhido “a boa parte”, que não lhe seria tirada. A “boa parte” refere-se à escuta da Palavra e à comunhão com Ele.
Essa passagem ensina que, embora o serviço seja importante, a devoção e a atenção a Jesus devem vir em primeiro lugar. O foco deve ser na presença de Cristo.

A ressurreição de Lázaro
Outro relato significativo envolvendo Marta ocorre no evangelho de João, no capítulo 11, durante a morte e ressurreição de seu irmão Lázaro. Este evento destaca a profunda fé dela e seu entendimento da natureza de Jesus. A tragédia da perda se tornou um palco para a demonstração do poder divino.
A notícia e a chegada de Jesus
Quando Lázaro adoeceu gravemente, Marta e Maria enviaram uma mensagem a Jesus: “Senhor, eis que aquele a quem amas está enfermo” (João 11:3). Elas esperavam que Jesus viesse e curasse seu irmão, confiando em Seu poder. No entanto, Jesus demorou a chegar, permitindo que Lázaro morresse.
Quando Jesus finalmente se aproximou de Betânia, Lázaro já estava sepultado há quatro dias. Ela, ouvindo que Jesus vinha, saiu ao Seu encontro, enquanto Maria permaneceu em casa (João 11:20). A atitude proativa dela mais uma vez se manifesta, mostrando sua disposição de ir ao encontro do Mestre.

A confissão de fé de Marta
Ao encontrar Jesus, Marta expressou sua dor e sua fé: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido” (João 11:21). Ela sabia que Jesus tinha poder para curar. Contudo, sua declaração não parou na lamentação. Ela adicionou uma profunda confissão de fé: “Mas também agora sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá” (João 11:22).
Jesus, então, fez a ela uma das declarações mais poderosas dos Evangelhos: “Teu irmão há de ressuscitar”. Ela respondeu: “Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia” (João 11:23-24). Sua fé na ressurreição futura era firme, alinhada com as crenças judaicas da época [3].
Jesus então a confrontou com a verdade central de Sua identidade: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” (João 11:25).
Ele perguntou a ela: “Crês tu isto?” E ela deu uma das maiores declarações de fé no Novo Testamento: “Sim, Senhor, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo” (João 11:26-27). Esta confissão é comparável à de Pedro em Cesareia de Filipe.
O chamado de Lázaro
Após essa confissão poderosa, Marta chamou Maria, e ambas levaram Jesus ao túmulo de Lázaro. Ali, Jesus chorou e ordenou que a pedra fosse removida.
Ela, ainda prática, observou: “Senhor, já cheira mal, porque já é de quatro dias” (João 11:39). Ela reconheceu a realidade da morte e da decomposição.
No entanto, Jesus a lembrou: “Não te disse eu que, se creres, verás a glória de Deus?” (João 11:40). Com uma oração de agradecimento ao Pai, Jesus clamou em alta voz: “Lázaro, vem para fora!” (João 11:43).
Imediatamente, Lázaro saiu, amarrado com faixas de linho. Este milagre validou a confissão de fé de sua irmã e revelou o poder de Jesus sobre a morte [4].

O banquete em Betânia
A última menção de Marta nos Evangelhos ocorre em João 12:1-2, durante um banquete em Betânia, seis dias antes da Páscoa. Este evento celebrava a ressurreição de Lázaro e era um tributo a Jesus. A cena mostra a dinâmica familiar deles, Maria e Lázaro em um contexto de gratidão.
Marta servindo à mesa
No banquete, Lázaro estava entre os convidados, e “Marta servia” (João 12:2). Sua natureza de serviço é novamente destacada.
Mesmo após a grandiosa demonstração do poder de Jesus, ela continuava a expressar seu amor e devoção através do cuidado prático. Sua identidade de serva permaneceu firme.
Este serviço, no entanto, é diferente do episódio anterior em Lucas. Aqui, não há reclamação ou ansiedade. Ela serve de forma mais serena, talvez tendo aprendido a lição de prioridade espiritual.
Ela encontrou um equilíbrio entre sua natureza ativa e a necessidade de comunhão com Jesus [5].

Legado de Marta de Betânia
Marta, com sua fé robusta e espírito serviçal, deixou um legado importante para a teologia cristã e para a prática da fé. Sua história oferece modelos de devoção e ensinamentos sobre a vida discipular. Ela demonstra que a fé pode ser expressa tanto no serviço quanto na adoração.
Equilíbrio entre serviço e contemplação
A tensão entre Marta (serviço) e Maria (contemplação) é uma lição perene sobre o equilíbrio na vida cristã. Jesus não desvalorizou o serviço, mas sim a ansiedade que o acompanhava e a falta de prioridade. A “boa parte” escolhida por Maria era a escuta atenta da Palavra.
Ambas as dimensões são essenciais para uma fé saudável. Seu exemplo de nos convida a refletir sobre como nossas ações e nossas prioridades se alinham com a vontade de Deus. Encontrar o ponto de equilíbrio entre fazer e ser é um desafio contínuo para os crentes [6].
Veneração à Marta
Marta é venerada como santa em diversas tradições cristãs, incluindo as Igrejas Católica Romana, Ortodoxa Oriental, Luterana e a Comunhão Anglicana. Com o tempo, ela passou a ser vista como um símbolo de maturidade, força, bom senso e preocupação com os outros.
A data de sua comemoração, no entanto, varia. A Igreja Católica celebra Marta, Maria de Betânia e Lázaro em 29 de julho.
Originalmente, esta data era dedicada apenas a ela, mas o Papa Francisco alterou a celebração em 2021 para incluir seus irmãos e esclarecer que esta Maria é uma pessoa distinta de Maria Madalena.
A Igreja Luterana e a Comunhão Anglicana (incluindo a Igreja Episcopal e a Igreja da Inglaterra) também comemoram o trio de irmãos em 29 de julho.
Já a Igreja Ortodoxa Oriental celebra as irmãs de Lázaro em 4 de junho, além de comemorá-las coletivamente no Domingo das Miróforas e durante o Sábado de Lázaro.

Menções no gnosticismo
Marta também é mencionada no texto gnóstico sagrado Pistis Sophia. Nesta obra, ela é retratada como uma discípula que recebe instruções diretas do Cristo ressuscitado a respeito dos vários arrependimentos necessários para alcançar a salvação.
Demonstrando sua própria compreensão espiritual, ela também oferece diversas interpretações proféticas de diferentes Salmos [15].
Livros inspirados em Marta
Sua história influenciou diversas obras literárias ao longo dos anos.
Contos Apócrifos (1932)
No livro Contos Apócrifos (1932), o escritor tcheco Karel Čapek reexamina a famosa cena bíblica em seu conto “Marta e Maria”, explorando com ironia moderna a psicologia por trás da frustração da irmã de Lázaro e a natureza do serviço.
Os Filhos de Marta (1907)
De forma semelhante, Rudyard Kipling usou Marta como um arquétipo em seu conhecido poema “Os Filhos de Marta” (1907).
A obra é uma homenagem aos trabalhadores práticos do mundo, engenheiros, construtores e operários se dedicam ao esforço físico que sustenta a sociedade, em contraste com os “Filhos de Maria”, que escolhem a parte contemplativa.

Santa Marta e o Dragão
A lenda medieval do dragão também é retratada na literatura, como no poema “Santa Marta e o Dragão”, do poeta britânico Charles Causley, que reconta a história de como ela subjugou o monstro Tarasque na Provença.
O Conto da Aia (The Handmaid’s Tale)
Mais recentemente, a romancista Margaret Atwood deu um tom sombrio a esse papel em sua famosa distopia O Conto da Aia (The Handmaid’s Tale).
Na sociedade totalitária de Gilead, as mulheres inférteis forçadas a servir como criadas e cozinheiras para a elite dominante são chamadas de “Martas”, baseando-se diretamente em sua associação bíblica com os afazeres domésticos.
Igrejas em homenagem à Marta
A devoção a Santa Marta também se manifesta na fundação de instituições religiosas, como a congregação das “Irmãs de Santa Marta”, fundada em Antigonish, Nova Escócia, em 1894. Além disso, numerosas igrejas ao redor do mundo são dedicadas a ela.
Na Igreja Católica Romana, exemplos notáveis incluem a histórica Église Sainte-Marthe em Tarascon, França, e várias paróquias nos Estados Unidos, como as de:
- Morton Grove (Illinois);
- East Providence (Rhode Island);
- Valinda (Califórnia);
- Kingwood (Texas);
- Harvey (Louisiana);
- Plainville (Massachusetts);
- Sarasota (Flórida);
- Prestonsburg (Kentucky).

Igrejas de outras denominações
Nas Filipinas, destacam-se o Santuário Diocesano de Santa Marta em Pateros (Diocese de Pasig) e paróquias em Imus (Cavite) e Pasig. Há também uma paróquia em Strathfield, Austrália.
Na Comunhão Anglicana, igrejas dedicadas a ela incluem a de Santa Maria e Santa Marta em Toronto (Canadá); Santa Martha-na-Hill em Surrey e outra em Broxtowe (Inglaterra); e várias igrejas episcopais nos Estados Unidos, como em Papillion (Nebraska), Bethany Beach (Delaware), Lexington (Kentucky), Eagan (Minnesota) e Buford (Geórgia).
Outras denominações também honram seu nome, como a Igreja Metodista de Saint Martha em Tring (Inglaterra) e a Igreja Luterana de Santa Maria e Santa Marta em São Francisco (EUA).
Lendas relacionadas a Marta
Embora o Novo Testamento forneça os relatos canônicos de Marta, tradições e lendas posteriores, particularmente da Idade Média, expandiram sua história, detalhando uma vida missionária na Europa e milagres póstumos.
A Lenda Áurea e a Migração para a Provença
Segundo uma famosa lenda medieval, Marta deixou a Judeia após a ressurreição de Jesus, por volta de 48 d.C.
Ela teria viajado para a Provença (sul da França) com sua irmã Maria (frequentemente confundida com Maria Madalena) e seu irmão Lázaro, estabelecendo-se inicialmente em Avignon.
A Lenda Áurea, uma popular compilação de hagiografias do século XIII, registra essa tradição provençal.
O texto a descreve como nascida de uma família real, filha de um duque sírio chamado Siro e de sua mãe Encária.

Os castelos de Marta
A lenda atribui a ela e seus irmãos a posse de três castelos: Magdala, Betânia e uma parte de Jerusalém. Enquanto Maria se entregava aos prazeres e Lázaro à cavalaria, Ela era a “sábia” que governava nobremente sua parte em Betânia, administrava as propriedades dos irmãos e cuidava dos servos e dos pobres [9, 10].
A Lenda Áurea também narra que, após a ascensão de Jesus, os irmãos e outros discípulos (como São Maximino) foram colocados por pagãos em um navio sem velas, remos ou leme.
Conduzidos por Deus, eles teriam desembarcado em Marselha, de onde começaram a evangelizar a região de Aix-en-Provence. Ela é descrita como “cortês e graciosa” e muito eficaz na pregação da fé [9].
Marta e o Tarasque de Tarascon
A lenda mais famosa de Marta a situa em Tarascon, Provença, onde ela enfrentou o Tarasque, um monstro descrito na Lenda Áurea como um dragão temível [11].
Enquanto os cavaleiros locais falhavam, ela subjugou a besta usando apenas uma cruz e água benta. Ela o conduziu docilmente à aldeia com sua faixa (cinto), onde os habitantes locais o mataram [11].
Ela teria vivido o resto de sua vida em Tarascon, dedicada à oração, e foi sepultada na cripta da Igreja Colegiada local. Em 1187, relíquias encontradas na igreja foram identificadas como sendo dela e reenterradas em um novo santuário [12].
O túmulo de Marta
A cripta abriga um cenotáfio gótico do final do século XV, encomendado pelo Rei René e esculpido por Francesco Laurana.
A base do túmulo possui relevos domando o Tarasque, Maria Madalena sendo carregada por anjos e Lázaro como Bispo de Marselha [13].

Lendas locais
O legado de Marta como domadora do dragão e protetora inspirou devoções específicas em diferentes partes do mundo.
Padroeira de Villajoyosa (Espanha)
A cidade de Villajoyosa, na Espanha, venera Marta como sua padroeira. O evento central da cidade é o Festival dos Mouros e Cristãos, que comemora um ataque de piratas berberes em 1538.
Segundo a lenda local, quando os piratas liderados por Zalé-Arraez estavam prestes a invadir, ela interveio, causando uma enchente repentina que destruiu a frota inimiga e salvou a cidade [14].
A Lenda de Pateros (Filipinas)
Nas Filipinas, uma tradição semelhante existe na cidade de Pateros, na região metropolitana de Manila. No século XIX, a principal fonte de subsistência da cidade, a criação de patos (cujos ovos são usados para fazer o famoso balút), foi ameaçada por um crocodilo gigante que apareceu no rio Pateros e devorava os animais.
Lembrando-se da lenda do Tarasque, o povo invocou Santa Marta. Uma noite, uma heroína local anônima foi ao rio para enfrentar a criatura. O crocodilo teria visto uma luz brilhante ao redor da figura (identificada como a irmã de Lázaro) e desapareceu para sempre.
A indústria de patos floresceu novamente, e, em gratidão, uma grande procissão fluvial anual é realizada em homenagem a ela desde então.

Etimologia e significado de Marta
O nome Marta, do aramaico Mārthā (מָרְתָא), é a forma feminina de māreh, que significa “senhor” ou “mestre”. Assim, o nome pode ser traduzido como “senhora” ou “dona de casa” [7]. Este significado está em perfeita harmonia com seu papel na narrativa bíblica.
Ela era, de fato, a senhora da casa em Betânia, responsável pela hospitalidade e pela organização doméstica. O nome reflete sua posição de autoridade e gerência dentro de sua família. Reforça sua personalidade ativa e seu foco nas responsabilidades práticas [8]. É um nome que comunica liderança e diligência no lar.
Aprenda mais
[Vídeo] Teológico | Bíblia & Teologia.
[Vídeo] A HISTÓRIA DE MARTA: A Mulher que Jesus CORRIGIU com Amor e TRANSFORMOU com Graça | História Bíblica. Meu Maná – Histórias Bíblicas.
Perguntas comuns
Nesta seção apresentamos as principais perguntas, com suas respectivas respostas, sobre esta mulher importante durante o ministério de Jesus.
O que a Bíblia fala sobre Marta?
A Bíblia a apresenta como irmã de Lázaro e Maria, de Betânia (João 11). Ela era uma amiga próxima que hospedava Jesus. É lembrada por sua hospitalidade ativa (Lucas 10) e por sua forte confissão de fé em Jesus como o Cristo (João 11:27).
O que aprendemos com Marta da Bíblia?
Aprendemos o valor da hospitalidade e do serviço prático, mas também o perigo da ansiedade e da distração. A interação com Jesus (Lucas 10) ensina que, embora o serviço seja bom, a comunhão e a escuta da Palavra de Deus devem ter prioridade.
Porque Jesus disse Marta Marta?
Jesus repetiu seu nome (Lucas 10:41) como uma forma terna e gentil de chamar sua atenção. Foi uma repreensão suave para acalmar sua ansiedade e distração, mostrando que Ele via seu coração agitado e queria redirecionar seu foco para o que era mais importante.
O que Marta fez para Jesus?
Marta serviu a Jesus abrindo sua casa em Betânia para Ele e seus discípulos, oferecendo hospitalidade. Ela se ocupou preparando a refeição e cuidando dos afazeres domésticos (Lucas 10:40). Ela também O serviu em um jantar após a ressurreição de Lázaro (João 12:2).
Qual era o problema de Marta?
O problema de Marta (Lucas 10) não era o serviço, mas a ansiedade e a distração que ele causava. Ela estava “preocupada e inquieta com muitas coisas” (Lucas 10:41), permitindo que os afazeres ofuscassem a oportunidade de estar com Jesus e ouvir seus ensinamentos.
O que Marta fazia enquanto Jesus ensinava?
Enquanto Jesus ensinava e Maria estava sentada aos Seus pés ouvindo (Lucas 10:39), Marta estava “ocupada com muito serviço” (Lucas 10:40). Ela estava distraída com os afazeres domésticos, como a preparação da refeição para Jesus e os demais convidados.
Qual era o temperamento de Marta?
Marta demonstrava um temperamento prático, diligente e hospitaleiro (Lucas 10:40). Ela era proativa e franca, não hesitando em expressar suas preocupações a Jesus (Lucas 10:40; João 11:21). Era uma mulher de ação e responsabilidade.
Qual a primeira lição encontrada na resposta de Jesus a Marta?
A primeira lição é a necessidade de estabelecer prioridades corretas (Lucas 10:41-42). Jesus ensinou que, embora o serviço seja valioso, a comunhão com Ele e a devoção à Sua Palavra (“a boa parte”) são superiores e não devem ser sacrificadas pela ansiedade.
Fontes
[1] Easton, M. G. (1893). Easton’s Bible Dictionary. New York: Harper & Brothers.
[2] Elwell, W. A., & Beitzel, B. J. (1988). Baker Encyclopedia of the Bible. Grand Rapids, MI: Baker Book House. p. 1397.
[3] Keener, Craig S. (1999). A Commentary on the Gospel of John. Peabody, MA: Hendrickson Publishers. p. 841.
Demais fontes
[4] Morris, Leon. (1995). The Gospel According to John (The New International Commentary on the New Testament). Grand Rapids, MI: Wm. B. Eerdmans Publishing Co. p. 488.
[5] Tenney, Merrill C. (1976). John: The Gospel of Belief. Grand Rapids, MI: Wm. B. Eerdmans Publishing Co. p. 200.
[6] Carson, D. A. (1991). The Gospel According to John. Grand Rapids, MI: Wm. B. Eerdmans Publishing Co. p. 417.
[7] Bauer, Walter, Arndt, William F., Gingrich, F. Wilbur, & Danker, Frederick W. (2000). A Greek-English Lexicon of the New Testament and Other Early Christian Literature (3rd ed.). Chicago: University of Chicago Press. p. 617.
[8] Vine, W. E. (1996). Vine’s Complete Expository Dictionary of Old and New Testament Words. Nashville, TN: Thomas Nelson Publishers. p. 403.
[9] “The Life of Saint Martha” . texto da Legenda Áurea .
[10] “De Maria Madalena”, Legenda Aurea, Livro IV.
[11] “Santa Marta”, Sisters of Saint Martha of Antigonish”.
[12] Butler, Alban; Paul Burns (2000). Vidas dos santos de Butler . Continuum International Publishing Group.
[13] “Church of Santa Martha” . Monumentos e Museus de Tarascon, Site oficial do posto de turismo de Tarascon.
[14] “Festa de Mouros e Cristãos, Eventos em Alicante”. Instituto de Turismo de España.
[15] “Pistis Sophia: O Primeiro Livro de Pistis Sophia: Capítulo 38”. gnosis.org.
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