O pecado é um conceito central na teologia cristã, definido como qualquer ato, sentimento ou pensamento que transgride a lei de Deus e se opõe ao Seu caráter santo.
Mais do que simples erros ou falhas morais, o pecado representa uma condição de rebelião e separação de Deus, com consequências profundas para a humanidade e toda a criação.
Entender sua natureza, origem e as provisões divinas para ele é um pilar para a compreensão da fé cristã, da obra de Cristo e da esperança do Evangelho.
A natureza do pecado
A Bíblia apresenta o pecado não apenas como uma série de ações isoladas, mas como uma condição inerente à natureza humana após a Queda.
O apóstolo Paulo, na carta aos Romanos, descreve o pecado como um poder que escraviza a humanidade, distorcendo seus desejos e a afastando de seu propósito original de glorificar a Deus (Romanos 7:14-20).
Teologicamente, a transgressão contra Deus é entendida como uma ofensa infinita, pois é cometido contra um Deus infinito em santidade e justiça.
Essa transgressão afeta a totalidade da pessoa, intelecto, emoções e vontade, tornando-a incapaz de agradar a Deus por seus próprios méritos.
Essa condição se manifesta de múltiplas formas:
- Atos de comissão;
- Atos de omissão;
- Pensamentos e atitudes.

Atos de comissão
Ações que violam diretamente os mandamentos de Deus, como roubar, mentir ou adulterar.
Atos de omissão
A falha em fazer o bem que se sabe que deveria ser feito. Tiago 4:17 afirma: “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado”.
Pensamentos e atitudes
A lei de Deus não se restringe às ações externas. Jesus ensinou que a ira no coração equivale ao assassinato e a cobiça equivale ao adultério, demonstrando que o pecado reside primeiramente no coração humano.
²¹ Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: ‘Não matarás’, e ‘quem matar estará sujeito a julgamento’.
²² Mas eu lhes digo que qualquer que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento. Também, qualquer que disser a seu irmão: ‘Racá’, será levado ao tribunal. E qualquer que disser: ‘Louco! ’, corre o risco de ir para o fogo do inferno.
²³ “Portanto, se você estiver apresentando sua oferta diante do altar e ali se lembrar de que seu irmão tem algo contra você, ²⁴ deixe sua oferta ali, diante do altar, e vá primeiro reconciliar-se com seu irmão; depois volte e apresente sua oferta.
²⁵ “Entre em acordo depressa com seu adversário que pretende levá-lo ao tribunal. Faça isso enquanto ainda estiver com ele a caminho, pois, caso contrário, ele poderá entregá-lo ao juiz, e o juiz ao guarda, e você poderá ser jogado na prisão.
²⁶ Eu lhe garanto que você não sairá de lá enquanto não pagar o último centavo”. ²⁷ “Vocês ouviram o que foi dito: ‘Não adulterarás’. ²⁸ Mas eu lhes digo: qualquer que olhar para uma mulher para desejá-la, já cometeu adultério com ela no seu coração.
Mateus 5:21-28 (NVI)
O pecado original e suas consequências
A doutrina do pecado original explica a origem dessa condição pecaminosa universal. Ela se baseia no relato de Gênesis 3, onde Adão e Eva, os primeiros seres humanos e representantes de toda a humanidade, desobedeceram a uma ordem direta de Deus.
Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento, tomou do seu fruto, comeu-o e o deu a seu marido, que comeu também.
Os olhos dos dois se abriram, e perceberam que estavam nus; então juntaram folhas de figueira para cobrir-se. Ouvindo o homem e sua mulher os passos do Senhor Deus que andava pelo jardim quando soprava a brisa do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus entre as árvores do jardim.
Mas o Senhor Deus chamou o homem, perguntando: “Onde está você? ” E ele respondeu: “Ouvi teus passos no jardim e fiquei com medo, porque estava nu; por isso me escondi”.
E Deus perguntou: “Quem lhe disse que você estava nu? Você comeu do fruto da árvore da qual lhe proibi comer?”
Gênesis 3:6-11 (NVI)
Esse ato de rebelião não foi apenas uma falha pessoal; ele introduziu o pecado e a morte no mundo, corrompendo a natureza humana que seria transmitida a todos os seus descendentes [1].
As consequências da Queda foram imediatas e abrangentes:
- Separação espiritual;
- Morte física e espiritual;
- Corrupção da natureza humana;
- Maldição sobre a Criação.
Separação espiritual
A comunhão íntima que Adão e Eva desfrutavam com Deus foi quebrada. Eles se esconderam de Sua presença, e essa alienação espiritual se tornou a condição padrão da humanidade (Gn 3:8).

Morte física e espiritual
Deus havia advertido que a desobediência resultaria em morte (Gn 2:17). Com a Queda, a morte física se tornou uma realidade, e a morte espiritual, a separação eterna de Deus, tornou-se o destino de todos, a menos que haja intervenção divina.
Corrupção da natureza humana
A imagem de Deus no homem foi desfigurada, embora não totalmente apagada. A natureza humana passou a ter uma inclinação inerente para o mal, uma condição que a teologia reformada chama de “depravação total”.
Isso não significa que os seres humanos sejam tão maus quanto poderiam ser, mas que cada parte de seu ser foi afetada pelo pecado, tornando-os incapazes de se salvar [2].
Maldição sobre a Criação
O pecado também afetou o mundo natural. A terra foi amaldiçoada, resultando em dificuldades e sofrimento (Gn 3:17-19). Paulo descreve toda a criação como “gemendo” sob o peso da transgressão, aguardando a redenção final (Rm 8:22).

A universalidade do pecado
As Escrituras são claras ao afirmar que a condição de pecado não se limita a algumas pessoas, mas é universal. Ninguém, exceto Jesus Cristo, está isento. O Salmo 14:2-3 declara que Deus olhou dos céus para ver se havia alguém que O buscasse, mas concluiu que “todos se desviaram, igualmente se corromperam; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer”.
O apóstolo Paulo reafirma essa verdade de forma contundente em Romanos 3:23: “pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus”. Essa universalidade estabelece a necessidade de uma solução que venha de fora da própria humanidade, pois se todos estão na mesma condição, ninguém pode salvar a si mesmo ou a outrem.
A solução de Deus para o pecado
O Evangelho cristão não termina na declaração do problema do pecado; seu cerne é o anúncio da solução definitiva providenciada por Deus.
A necessidade dessa solução reside na própria natureza de Deus: Sua santidade perfeita não pode coexistir com a transgressão contra o Senhor, e Sua justiça absoluta exige que toda transgressão seja punida (Rm 6:23).
Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Romanos 6:23 (NVI)
Diante do dilema de como um Deus justo poderia perdoar pecadores sem comprometer Sua própria retidão, Ele mesmo proveu a resposta, prometida desde o início em Gênesis 3:15 e cumprida na pessoa e obra de Jesus Cristo.

O Redentor qualificado: A Pessoa de Cristo
A solução divina exigiu um Redentor unicamente qualificado. Jesus Cristo, sendo plenamente Deus e plenamente homem, era o único capaz de agir como mediador. Como homem, Ele pôde representar a humanidade e morrer em nosso lugar. Como Deus, Seu sacrifício teve um valor infinito, suficiente para expiar os pecados de todos que creem (Hb 2:14-17).
¹⁴ Portanto, visto que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele também participou dessa condição humana, para que, por sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é, o diabo, ¹⁵ e libertasse aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte.
¹⁶ Pois é claro que não é a anjos que ele ajuda, mas aos descendentes de Abraão.
¹⁷ Por essa razão era necessário que ele se tornasse semelhante a seus irmãos em todos os aspectos, para se tornar sumo sacerdote misericordioso e fiel com relação a Deus e fazer propiciação pelos pecados do povo.
Hebreus 2:14-17 (NVI)
O sacrifício na Cruz: Substituição e propiciação
O “como” essa solução foi aplicada se deu na cruz, através do princípio da substituição penal. Cristo, que era sem pecado, voluntariamente tomou sobre Si a culpa e a punição que nós merecíamos.
O profeta Isaías previu isso, dizendo: “o castigo que nos traz a paz estava sobre ele” (Is 53:5).
O apóstolo Paulo confirma, ensinando que Deus “Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5:21).
Sua morte foi também uma propiciação, o que significa que ela satisfez completamente a justa ira de Deus contra a transgressão, apaziguando Sua justiça (Rm 3:25; 1Jo 4:10).
Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.
1 João 4:10 (NVI)

Vitória confirmada: A Ressurreição
A ressurreição de Cristo é a prova irrefutável de que o pagamento foi aceito. Não foi apenas uma demonstração de poder, mas a declaração de Deus Pai de que a dívida do pecado foi paga integralmente.
Como afirma Romanos 4:25, Jesus “foi entregue à morte por nossos pecados e ressuscitado para nossa justificação”. Sua vitória sobre a morte garante o perdão e a vida nova para todos que O recebem pela fé.
Aplicação da Salvação: Graça, Fé e Nova Vida
Portanto, a salvação do pecado é um dom imerecido da graça de Deus, recebido unicamente pela fé em Jesus Cristo (Ef 2:8-9). Através d’Ele, o transgressor arrependido recebe perdão total, a anulação de sua dívida e a reconciliação com Deus, restaurando o relacionamento quebrado.
Além disto, o pecador recebe o Espírito Santo, que o capacita para a santificação, a luta diária contra o poder do pecado em sua vida.
Compreensões do pecado em outras religiões
A compreensão do que constitui um pecado varia entre as religiões. Fora da teológica cristã, que define o pecado como uma ofensa à santidade de um Deus pessoal, outras fés interpretam os erros e transgressões espirituais através de suas próprias compreensões filosóficas e doutrinárias.
As perspectivas da Fé Bahá’í, que foca na natureza interior do ser humano, e do Budismo, que opera sob a lei do carma, oferecem visões distintas sobre a natureza do mal e o caminho para a purificação.
Pecado no Budismo
O Budismo não possui um conceito de transgressão como uma ofensa a um Deus criador, pois muitas de suas escolas não são teístas. A ideia de “pecado original” é inexistente [7]. No entanto, a doutrina reconhece transgressões contra uma lei moral universal, governada pelo carma.
Neste sistema, toda ação (boa ou má) gera um efeito inevitável, independente da vontade de qualquer divindade.
O “pecado”, neste contexto, refere-se a atos prejudiciais ou não habilidosos que produzem sofrimento e resultados negativos para o indivíduo em sua cadeia de causas e efeitos [8].
Apesar de não haver um deus para ofender, o Budismo identifica cinco crimes de consequências particularmente graves, conhecidos como Anantarika-kamma.
São atos tão hediondos que trazem desastre cármico imediato ao infrator: ferir um Buda, matar um ser iluminado (um Arhat), criar uma divisão na comunidade monástica (Sangha), matricídio e patricídio [9].

Pecado na Fé Bahá’í
Na Fé Bahá’í, o pecado é entendido como a desobediência às leis de Deus, um ato que separa a pessoa de seu Criador. Transgressões como raiva, ciúme, hipocrisia e preconceito são consideradas transgressões, mas a doutrina centraliza-se na crença de que os seres humanos são inerentemente bons e espirituais.
A teologia Bahá’í utiliza a metáfora do coração humano como um espelho que, para refletir a luz de Deus, deve estar voltado para Ele. O pecado, portanto, é o ato de desviar este espelho, seguindo as inclinações egoístas da natureza inferior [5].
Essa natureza inferior é simbolizada como Satanás, que não é visto como uma entidade maligna externa, mas como o “ego maligno dentro de nós”, o “eu insistente” que impede o progresso espiritual. O caminho para superar a transgressão é através do arrependimento, que Deus perdoa, e do esforço para desenvolver qualidades espirituais [6].
Pecado no Islamismo
No Islamismo, o pecado é definido como qualquer ato que viole os mandamentos de Deus (Allah), conforme revelado no Alcorão e na Sunnah.
A teologia islâmica utiliza vários termos para descrever diferentes tipos de transgressões, como dhanb (transgressões intencionais) e ithm (transgressões graves) [10].
O pecado é visto como um ato de desobediência ou esquecimento do pacto do ser humano com Deus, e não como um estado de corrupção herdado.
Apesar da seriedade da transgressão, o perdão é um pilar central na fé islâmica. Acredita-se que Allah é supremamente misericordioso e perdoará qualquer transgressão, por maior que seja, se a pessoa se arrepender sinceramente (tawbah).
A vida muçulmana é um esforço contínuo para se submeter à vontade de Deus, evitar o que Ele proibiu e buscar Seu perdão, mantendo uma relação direta de responsabilidade e arrependimento com o Criador [11].

Pecado no Xintoísmo (Tsumi)
O conceito xintoísta de pecado, conhecido como Tsumi, está fundamentalmente ligado às ideias de pureza e poluição, e não de moralidade. O Xintoísmo ensina que os seres humanos nascem puros, rejeitando qualquer noção de pecado original [12].
Tsumi é qualquer ato, condição ou influência que causa impureza, criando uma barreira entre a pessoa e os kami (as divindades ou espíritos sagrados).
Notavelmente, o Xintoísmo não atribui a causa de toda impureza às ações humanas. Acredita-se que o Tsumi pode ser contraído através de fatores externos e muitas vezes inevitáveis, como o contato com a morte, doenças ou a influência de espíritos malignos.
As consequências dessa impureza podem ser desastres naturais ou doenças, afetando tanto o indivíduo quanto a nação. Por isso, os rituais de purificação, chamados Harae, são de extrema importância para remover o Tsumi e restaurar a harmonia com os kami [13].

Hamartiologia
Dentro da teologia sistemática, o campo dedicado a compreender a doutrina bíblica do pecado é conhecido como Hamartiologia. O termo deriva da junção de duas palavras gregas: hamartia (ἁμαρτία), que significa “pecado”, “falha” ou “errar o alvo”, e logos (λόγος), que significa “palavra”, “estudo” ou “doutrina”.
Portanto, a Hamartiologia busca responder a perguntas fundamentais sobre a origem, a natureza, a transmissão e as consequências da transgressão na humanidade e na criação. Um entendimento correto sobre a profundidade do problema do pecado é a base para se compreender a magnitude da solução providenciada por Deus em Cristo.
Origem e a natureza do pecado
A Hamartiologia rastreia a origem do pecado humano até o evento histórico da Queda, descrito em Gênesis 3, com a transgressão de Adão e Eva.
A partir desse ponto, a transgressão contra o Senhor é apresentado nas Escrituras não apenas como uma série de atos isolados de desobediência, mas como um princípio ativo e um estado de corrupção do coração humano. A natureza do pecado é, em sua essência, uma rebelião contra Deus e Sua lei.
O apóstolo João define isso de forma concisa em 1 João 3:4: “todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei”.
Ele representa a preferência da criatura por sua própria vontade em detrimento da vontade do Criador, resultando em uma separação fundamental de Deus [2].

Transmissão e as consequências do pecado
Um dos principais focos da Hamartiologia é explicar como a transgressão de Adão afetou toda a raça humana. A doutrina do “Pecado Original” ensina que não herdamos apenas um exemplo de pecado, mas a própria natureza pecaminosa e a culpa de Adão.
O apóstolo Paulo desenvolve melhor seu pensamento em Romanos 5:12: “o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram”.
As consequências dessa herança são universais e devastadoras, incluindo a morte espiritual (separação de Deus), a morte física, a corrupção total da natureza humana, afetando o intelecto, as emoções e a vontade, e a sujeição de toda a criação à “frustração” e ao “cativeiro da corrupção” (Rm 8:20-21) [10].
Etimologia e significado de Pecado
A profundidade do conceito de pecado é enriquecida pelo estudo das palavras originais usadas nas Escrituras.
No Antigo Testamento (Hebraico)
Existem várias palavras hebraicas para descrever o pecado, cada uma com uma nuance particular.
- Chattah (ou Khata): Este é o termo mais comum e significa literalmente “errar o alvo” ou “não atingir a marca” [3]. A imagem é a de um arqueiro que atira uma flecha e erra o alvo. Teologicamente, indica que a humanidade falhou em atingir o padrão de santidade de Deus.
- Pesha: Significa “transgressão”, “rebelião” ou “revolta”. Este termo descreve uma violação deliberada de um pacto ou autoridade. Ele não é apenas um erro, mas um desafio direto e consciente contra Deus e Sua vontade [4].
- Avon: Traduzido como “iniquidade”, “perversidade” ou “culpa”. Esta palavra carrega a ideia de algo torcido ou torto e se refere tanto ao ato pecaminoso quanto à culpa e à consequência que dele resultam.
No Novo Testamento (Grego)
O Novo Testamento continua e aprofunda esses conceitos com seus próprios termos.
- Hamartia (ἁμαρτία): É o equivalente grego mais comum de chattah, também significando “errar o alvo”. É o termo mais abrangente para pecado no Novo Testamento, descrevendo tanto a condição pecaminosa quanto os atos individuais [3].
- Paraptoma (παράπτωμα): Frequentemente traduzido como “transgressão” ou “ofensa”. A palavra sugere um “passo em falso” ou um desvio do caminho certo, uma violação de um limite conhecido.
- Anomia (ἀνομία): Significa literalmente “sem lei” ou “iniquidade”. Descreve uma atitude de desprezo pela lei de Deus, uma rebelião contra Sua ordem e autoridade. Em 1 João 3:4, o termo é definido precisamente como anomia: “todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei”.
Aprenda mais
[Vídeo] Teológico | Bíblia & Teologia.
[Vídeo] Pecado. Bible Project.
Perguntas comuns
Nesta seção apresentamos as principais perguntas, com as respostas, que as pessoas fazem sobre este termo teológico tão importante para o cristianismo.
O que é o pecado na Bíblia?
Na Bíblia, pecado é a transgressão da lei de Deus, um ato que desobedece aos mandamentos divinos. Considerado “errar o alvo” dos padrões perfeitos de Deus, resulta na separação entre o homem e o Criador, impactando não apenas ações, mas também pensamentos e sentimentos.
O que é considerado pecado?
Pecado é a violação deliberada de uma lei moral ou divina. Engloba ações, pensamentos ou desejos que a fé considera imorais ou prejudiciais. Essa transgressão consciente é vista como um ato que afasta o indivíduo de sua espiritualidade e dos padrões éticos estabelecidos.
Quais são os 7 pecados mortais?
Os chamados “sete pecados capitais” foram organizados em uma hierarquia pelo Papa Gregório I, no século VI. Ele os classificou por ordem decrescente de quão ofensivos eram ao amor divino, ou seja, do mais grave para o menos grave.
A lista, que se tornou a base para a moralidade cristã, é a seguinte:
– Orgulho: Considerado o mais grave de todos, é a supervalorização de si mesmo, levando à arrogância e à negação da dependência de Deus.
– Inveja: A tristeza ou ressentimento pelo bem do próximo.
– Ira: A raiva descontrolada que busca vingança e dano.
– Indolência (ou Preguiça): A falta de esforço ou interesse em realizar o bem.
– Avareza: O desejo excessivo por bens materiais e riqueza.
– Gula: O excesso no comer e beber.
– Luxúria: O desejo sexual desenfreado e ilegítimo.
Fontes
[1] Agostinho de Hipona. Sobre a Graça de Cristo e o Pecado Original.
[2] Grudem, Wayne A. Teologia Sistemática: Uma Introdução à Doutrina Bíblica. Vida Nova, 2007.
[3] Strong, James. Strong’s Exhaustive Concordance of the Bible. Hendrickson Publishers. (Ver entradas para H2398/chattah e G266/hamartia).
[4] Harris, R. L., Archer, G. L., & Waltke, B. K. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. Vida Nova, 1998.
Vejas as demais fontes
[5] Smith, P. (2008). An Introduction to the Baha’i Faith. Cambridge University Press.
[6] Baháʼu’lláh, & ʻAbdu’l-Bahá. Citações retiradas dos ensinamentos Bahá’í.
[7] Warner, B. (2003). Hardcore Zen: Punk Rock, Monster Movies and the Truth About Reality. Wisdom Publications.
[8] Von Fürer-Haimendorf, C. (1967). Morals and Merit: A Study of Values and Social Controls in South Asian Societies. University of Chicago Press.
[9] Silk, J. (2007). “The five grave deeds.” In Sutras and Their Commentators: A Volume of Studies in Honour of K. R. Norman. Pali Text Society.
[10] Schreiner, T. R. (2018). Commentary on Romans (Baker Exegetical Commentary on the New Testament). Baker Academic.
- Pecado – 25 de agosto de 2025
- Querubim – 25 de agosto de 2025
- Santificação – 23 de agosto de 2025