Eva

Eva, primeira mulher, é central na origem humana. Sua desobediência no Éden trouxe o pecado, mas ela se tornou a mãe de todos os viventes.

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19 minutos de leitura

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Eva foi a primeira mulher da Criação e consequentemente da humanidade. Sua vida marca a história do primeiro casal, primeira família, a primeira desobediência e primeiro pecado.

Ela é lembrada por ter cedido a tentação da Serpente, ter comido do fruto proibido e ter dado a seu esposa, Adão. Neste artigo, apresentamos um estudo da vida desta personagem bíblica, sua importância para a história bíblica e o impacto duradouro na história da humanidade.


Origem e família de Eva

A origem de Eva é um evento singular e profundamente simbólico na narrativa da Criação. Diferente de Adão, que foi formado do pó da terra, ela foi criada a partir do próprio homem. Deus, observando a solidão de Adão no Jardim do Éden, declarou:

“Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda”

Gênesis 2:18

O Senhor fez Adão cair em um sono profundo, tomou uma de suas costelas e, a partir dela, “fez uma mulher” (Gênesis 2:22) como auxiliadora do homem.

Ao acordar, Adão ficou admirado ao vê-la e declarou “Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada” (Gênesis 2:23).

Não é possível dizer quanto tempo Eva e Adão viveram juntos no Jardim do Éden até sua expulsão, em decorrência do pecado.

Apenas que sendo ela ela auxiliadora do homem, deve ter trabalhando juntamente dele para nomear os animais e cuidar do Jardim.

Após a expulsão do Jardim, ela se tornou a “mãe de todos os viventes”, dando à luz filhos e filhas que povoariam a Terra. A Bíblia nomeia apenas três de seus filhos, Caim, Abel e Sete.

Ilustração representando Eva, a primeira mulher da humanidade
Ilustração representando Eva, a primeira mulher da humanidade

Adão, esposo

Adão foi o primeiro homem, criado por Deus para cuidar do Jardim do Éden. Após sua expulsão do Jardim, ele deu início a humanidade, gerando muitos filhos e filhas. Ele é lembrado por seu pecado e por levar a humanidade a Queda.

Caim, filho

Caim foi o primeiro filho de Adão a nascer fora do Jardim do Éden, fruto da relação de seus pais após a entrada do pecado no mundo. Sua história marca o início de uma nova fase da humanidade, vivendo já em um mundo imperfeito.

A Bíblia relata que Caim se tornou o primeiro assassino. Tomado pela inveja, ele matou seu irmão Abel depois que Deus aceitou a oferta de Abel, mas rejeitou a sua.

Por causa de seu crime, o Senhor colocou uma marca em Caim, para que ele fosse reconhecido e se lembrasse de seu pecado, protegendo-o também de quem quisesse matá-lo.

Após o assassinato, Caim se exilou na Terra de Node. Lá, ele se estabeleceu, fundou a primeira cidade, a qual chamou de Enoque em homenagem ao seu filho, e deu início a uma linhagem que seguiu um caminho distante de Deus.

Lameque e Caim, gravura de 1524 de Lucas van Leyden
Lameque e Caim, gravura de 1524 de Lucas van Leyden

Abel, filho

Abel foi o segundo filho de Adão, o segundo a nascer em um mundo já afetado pelo pecado. A Bíblia declara que ele foi o primeiro pastor de ovelhas, uma profissão que ele exerceu com dedicação.

Sua história é marcada por sua fé. Ele fez uma oferta a Deus com o melhor do seu rebanho, um ato que agradou ao Senhor. Essa atitude contrastou com a de seu irmão Caim, cuja oferta foi rejeitada.

Infelizmente, a vida de Abel foi curta. Ele foi assassinado por Caim, tomado pela inveja da aceitação divina. Mesmo com sua vida breve, Abel se tornou um símbolo de fé e retidão, lembrado por seu gesto de devoção a Deus.

Sete, filho

Sete nasceu para Adão e Eva após a morte de seu irmão Abel, sendo visto como um presente de Deus. Diferente da linhagem de Caim, a descendência de Sete optou por seguir os caminhos do Senhor e adorá-Lo.

Dessa linhagem, surgiram homens notáveis. Enoque andou tão perto de Deus que foi levado por Ele, sem passar pela morte. Mais tarde, Noé construiu a Arca, salvando sua família do dilúvio e estabelecendo uma nova aliança com Deus.

Apesar de poucas informações na Bíblia, é dito que a partir do nascimento de seu filho Enos, as pessoas voltaram a invocar o nome do Senhor (Gênesis 4:26), mostrando a importância de Sete em preservar a fé em um mundo em declínio.

Representação de Sete filho de Adão
Representação de Sete filho de Adão

História de Eva

A história de Eva é extremamente marcante nos primeiros capítulos da Bíblia. Sua origem, casamento com Adão, desobediência e expulsão do Jardim, o nascimento de seus filhos, são marcos não apenas de sua vida, mas também de toda a humanidade.

A criação de Eva no Jardim do Éden

Após criar Adão e lhe dar a tarefa de nomear todos os animais, Deus reconheceu que, apesar da perfeição do Éden, faltava ao homem uma companhia adequada.

Das costelas de Adão, Deus formou Eva e lhe deu como companheira. No Jardim, eles viviam em pura inocência, andavam “nus, e não se envergonhavam” (Gênesis 2:25), demonstra a total transparência e ausência de culpa diante de Deus e um do outro.

A tentação de Eva pela Serpente

A perfeição do Jardim foi quebrada pela chegada da Serpente (Satanás), descrita como o mais astuto dos animais.

A serpente iniciou a tentação distorcendo a ordem de Deus com uma pergunta (Gênesis 3:1), questionando o porquê Eva não comia da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal.

Mesmo conhecendo a ordem de Deus, ela foi se deixando levar pela conversa de Serpente, até comer do fruto proibido.

A tentação explorou três desejos humanos: a necessidade física (era bom para comer), o prazer visual (era agradável aos olhos) e a busca por conhecimento (desejável para dar entendimento).

Sua escolha de comer o fruto foi, portanto, uma decisão consciente, movida pelo desejo de autonomia e sabedoria [1].

Adão e Eva, e a serpente do Paraíso na entrada da Catedral Notre Dame, em Paris
Adão e Eva, e a serpente do Paraíso na entrada da Catedral Notre Dame, em Paris

Queda e a desobediência

Após comer o fruto, ela o ofereceu a Adão, “que estava com ela, e ele também comeu” (Gênesis 3:6). A Bíblia deixa claro que Adão não foi enganado da mesma forma que Eva; ele estava presente e tomou uma decisão consciente de se juntar a ela na transgressão.

A responsabilidade pela Queda é, portanto, compartilhada. Este ato de desobediência é a consumação do primeiro pecado: a escolha da vontade própria em detrimento da vontade de Deus, a busca pela divindade fora dos termos estabelecidos pelo Criador.

A consequência imediata não foi a morte física, mas a morte espiritual. “Os olhos de ambos se abriram, e eles perceberam que estavam nus” (Gênesis 3:7). A inocência foi substituída pela vergonha e pelo medo, levando-os a se esconderem da presença de Deus.

Expulsão do Jardim do Éden

Quando confrontados por Deus Adão culpou Eva (e, indiretamente, a Deus): “Foi a mulher que me deste por companheira que me deu do fruto, e eu comi” (Gênesis 3:12). A mulher, por sua vez, culpou a Serpente.

Deus declarou sentenças para cada um deles. À serpente, uma maldição e a promessa de inimizade com a descendência da mulher, uma passagem conhecida como o protoevangelho, interpretada por cristãos como a primeira profecia da vinda de um Redentor [2].

A Eva, dor multiplicada no parto e conflitos na hierarquia em seu relacionamento com o marido. “Seu desejo será para o seu marido, e ele a dominará” (Gênesis 3:16).

Para Adão, o trabalho, antes uma tarefa prazerosa, se tornaria um fardo penoso em uma terra amaldiçoada.

A consequência final foi a expulsão do Jardim do Éden. Deus os baniu para que não comessem da Árvore da Vida e vivessem eternamente em seu estado de pecado.

Querubins e uma espada flamejante foram postos para guardar o caminho de volta ao Paraíso, simbolizando a separação entre a humanidade e a presença imediata de Deus.

Expulsão de Adão e Eva (Alexandre Cabanel)
Expulsão de Adão e Eva (Alexandre Cabanel)

Eva Fora do Jardim do Éden

A vida fora do Éden foi de trabalho árduo, dor e mortalidade. Eva, cujo nome significa “vida” ou “mãe dos viventes”, começou a experimentar a plenitude desse título em um mundo caído.

Ela se tornou a primeira mãe, mas sua experiência da maternidade foi marcada tanto pela alegria quanto pela mais profunda tristeza. O nascimento de Caim trouxe esperança, mas o subsequente assassinato de Abel por seu próprio irmão foi a manifestação mais cruel das consequências de sua desobediência no Jardim.

A Bíblia não registra a morte de Eva, mas sua vida, que segundo a cronologia bíblica se estendeu por séculos, foi a de uma matriarca que testemunhou o crescimento da humanidade e a propagação do bem e do mal através de suas linhagens.


Lendas Judaicas sobre Eva

A história bíblica de Eva inspirou uma vasta gama de lendas e interpretações na tradição judaica (Midrash) e em textos apócrifos, que buscaram preencher as lacunas da narrativa bíblica.

A beleza de Eva

Uma tradição rabínica comum exalta a beleza da primeira mulher, afirmando que sua formosura era incomparável a de qualquer mulher que já viveu, exceto Sara [3].

Alguns textos dizem que “quem vê Eva em sonho, vê a beleza da humanidade” [3].

O arrependimento de Eva

O livro apócrifo “A Vida de Adão e Eva” (também conhecido como “Apocalipse de Moisés”) detalha o profundo arrependimento do primeiro casal.

Em uma passagem, Eva, sentindo-se a principal culpada, decide fazer penitência ficando imersa no rio Tigre por quarenta dias. Satanás, disfarçado de anjo, tenta enganá-la novamente para que abandone sua penitência, mas ela o reconhece e resiste [4].

Esta tradição a retrata não apenas como a transgressora, mas também como uma figura de profundo remorso e busca por reconciliação.

Adão e Eva por Mabuse, século XVI
Adam and Eve por Mabuse, século XVI

A morte de Eva

A mesma tradição em “A Vida de Adão e Eva” narra a morte dela, que teria ocorrido apenas seis dias após a morte de Adão. Segundo o texto, ela reuniu seus filhos e filhas, confessou sua transgressão mais uma vez e os instruiu a registrarem sua história em tábuas de pedra e barro.

Diz-se que anjos vieram para conduzir sua alma, e ela foi sepultada ao lado de Adão e Abel [4].


Eva em outras religiões

A história de Eva transcende o judaísmo e o cristianismo, sendo reinterpretada em outras grandes religiões do mundo.

Islamismo

No Islamismo, Eva é conhecida como Ḥawwā’ (حَوَّاء), ou a forma reduzida Hawa. Embora a história da criação e da queda seja semelhante à da Bíblia, existem diferenças cruciais.

O Alcorão frequentemente narra a tentação como dirigida a ambos, Adão (Ādam) e Hawa, e eles compartilham a culpa igualmente. Em muitas passagens, a responsabilidade primária recai sobre Adão [5].

Fundamentalmente, o conceito de “pecado original” não existe no Islã; cada pessoa é responsável por seus próprios atos. Portanto, Ḥawwā’ não carrega o fardo de ter corrompido toda a humanidade.

Após a queda, ambos se arrependem sinceramente e são perdoados por Alá. Ela é reverenciada como a mãe da humanidade, mas não é vista como a fonte do pecado e do sofrimento no mundo.

O profeta islâmico Adão e Hawa sendo expulsos do Jardim
O profeta islâmico Adão e Hawa sendo expulsos do Jardim

Bahá’í

Na Fé Bahá’í, a história de Eva é vista de forma simbólica, e não literal. No livro Algumas Perguntas Respondidas, `Abdu’l-Bahá explica que ela representa a alma humana e contém mistérios divinos [9].

Para os Bahá’ís, a narrativa da primeira mulher em outras religiões, como o judaísmo e o cristianismo, é uma metáfora que ensina verdades espirituais, e não um relato histórico dos eventos [9].

Gnosticismo

Em muitas tradições gnósticas, Eva assume um papel radicalmente diferente e positivo.

Ela não é a tentadora, mas uma figura espiritual celestial, frequentemente associada à sabedoria divina (Sofia), que desce para despertar Adão de sua ignorância material.

No texto gnóstico “Sobre a Origem do Mundo”, a primeira mulher é chamada de “a Instrutora” e é ela quem dá vida ao Adão físico, soprando nele o espírito que ela recebeu do poder divino [6].

Nesse contexto, a serpente também é frequentemente reinterpretada como um agente do bem, um mensageiro do reino espiritual que incentiva a humanidade a buscar o conhecimento (gnosis) proibido pelo deus menor e ignorante que criou o mundo material (o Demiurgo).

Demiurgo, "Aurora do Mundo" de William Blake,1794
Demiurgo, “Aurora do Mundo” de William Blake,1794

Interpretações Teológicas e Culturais de Eva

Poucas figuras bíblicas geraram tanto debate e interpretação quanto Eva. Sua imagem moldou profundamente as visões sobre as mulheres, a sexualidade e o pecado.

Visão cristã tradicional

Historicamente, grande parte da teologia cristã, influenciada por interpretações paulinas (como em 1 Timóteo 2:14, “Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão”), colocou uma ênfase maior na culpa de Eva.

Ela foi frequentemente retratada como o “vaso mais fraco”, mais suscetível à tentação e a porta de entrada do pecado no mundo. Essa visão contribuiu para justificar estruturas patriarcais e a subjugação das mulheres na igreja e na sociedade por séculos.

Releituras feministas

A teologia feminista, a partir do século XX, ofereceu uma poderosa releitura da história da primeira mulher. Em vez de uma pecadora fraca, ela é vista como uma figura de agência e coragem.

Foi ela quem primeiro ousou buscar sabedoria e conhecimento, fazendo uma escolha ativa, ainda que com consequências desastrosas.

Argumenta-se que a narrativa foi escrita e interpretada dentro de uma cultura patriarcal que buscou culpar a mulher pela condição humana [7].

Essas leituras enfatizam a responsabilidade compartilhada de Adão e veem a maldição do domínio masculino como uma consequência do pecado, não como um ideal divino.

Eva no Éden, século XIX, de Gustave Surand
Eva no Éden, século XIX, de Gustave Surand

Eva como “Mãe de todos os viventes”

Além da Queda, o título dado a Eva por Adão, “mãe de todos os viventes” (Gênesis 3:20), é de imensa importância. Este nome, dado após o julgamento e antes da expulsão, é um ato de fé no futuro da humanidade. Apesar da sentença de morte, ela é vista como a portadora da vida e da promessa.

É através de sua “descendência” que a redenção virá. Ela encarna a trágica dualidade da experiência humana: a fonte da vida mortal e a ancestral daquele que traria a vida eterna.


Legado de Eva na cultura

A história de Eva é um arquétipo fundamental na civilização ocidental, ecoando através da arte, literatura e cinema.

Legado na literatura

As história da primeira mulher, assim como referência a ela, podem ser encontradas em diversos livros dos últimos séculos.

Os Diários de Adão e Eva

Mark Twain, em Os Diários de Adão e Eva, oferece uma visão humorística e afetuosa, retratando-a como a força inquisitiva e social que nomeia o mundo e busca a companhia, em contraste com um Adão mais prático e reservado.

Paraíso Perdido

A representação literária mais influente de Eva é, sem dúvida, a do poema épico de John Milton, Paraíso Perdido (1667).

Milton a retrata com grande complexidade psicológica: bela, inteligente, curiosa e profundamente apaixonada por Adão, mas também suscetível à vaidade e à adulação da serpente.

Sua personagem é nobre e trágica, e seu arrependimento após a Queda é um dos momentos mais comoventes da obra [8].

O Paraíso Perdido capa da primeira edição
O Paraíso Perdido capa da primeira edição

Legado nas artes visuais

Desde as catacumbas de Roma até o Renascimento, a imagem de Eva tem sido um tema central. A representação de Masaccio em A Expulsão do Jardim do Éden (c. 1425) é poderosa, mostrando uma mulher consumida pela angústia e vergonha.

Artistas como Albrecht Dürer, Lucas Cranach, o Velho, e Ticiano exploraram a beleza de seu corpo e a complexidade de sua escolha, tornando-a um símbolo tanto da inocência perdida quanto da beleza humana.

No teto da Capela Sistina, Michelangelo pintou não apenas A Tentação e a Expulsão, mas também A Criação de Eva, onde ela aparece graciosamente do lado de um Adão adormecido.

"A tentação e a expulsão", afresco de Michelangelo na abóbada da Capela Sistina
“A tentação e a expulsão”, afresco de Michelangelo na abóbada da Capela Sistina

Legado no cinema e na televisão

No cinema, Eva aparece em adaptações bíblicas, mas sua influência é mais sentida como um arquétipo. Histórias de ficção científica frequentemente exploram o tema do primeiro casal, com os últimos sobreviventes de um apocalipse ou os primeiros colonos em um novo planeta encarregados de recomeçar a humanidade.

Ela também é a base para o arquétipo da femme fatale, a mulher cuja beleza e poder de persuasão levam o protagonista à ruína, uma simplificação de sua complexa narrativa bíblica.


Etimologia e significado de Eva

O nome Eva vem do hebraico Ḥawwāh (חַוָּה), que está etimologicamente ligado ao verbo ḥāyāh, que significa “viver” ou “dar vida”. O próprio Gênesis 3:20 explica o nome: “Adão deu à sua mulher o nome de Eva, pois ela seria a mãe de todos os que vivem”.

Seu nome não está ligado à terra, como o de Adão (ʼādām de ʼădāmāh, “terra”), mas à própria essência da vida. Ela é, por nome e por destino, a portadora da continuidade da raça humana.

Este nome, conferido após a sentença de morte ter sido pronunciada, carrega em si uma poderosa mensagem de esperança e da persistência da vida em meio a um mundo caído.


Aprenda mais

[Vídeo] Teológico | Bíblia & Teologia.

[Vídeo] A HISTÓRIA DE ADÃO E EVA: O PRIMEIRO PECADO (Rodrigo Silva) | PrimoCast 428. PimoCast.


Perguntas comuns

Nesta seção apresentamos as principais perguntas, com as respostas, que as pessoas fazem sobre este personagem bíblico tão marcante nos primeiros capítulos do Gênesis.

O que a Bíblia fala de Eva?

A Bíblia, no livro de Gênesis, descreve Eva como a primeira mulher, criada por Deus a partir da costela de Adão para ser sua companheira. Ela é apresentada como a mãe de todos os viventes e uma figura central no relato do pecado original.

Quem foi Eva na Bíblia?

Eva foi a primeira mulher, companheira de Adão, criada por Deus no Jardim do Éden. Ela foi a primeira a ser tentada pela serpente e a comer do fruto proibido, o que levou à queda da humanidade e à expulsão do Paraíso.

Quem foi Eva para Deus?

Para Deus, Eva foi sua criação especial, feita à Sua imagem e semelhança para viver em comunhão com Ele no Paraíso. Ela foi feita para ser uma ajudadora adequada para Adão, parte do plano de Deus para a humanidade.

Qual foi o pecado de Eva na Bíblia?

O pecado de Eva foi a desobediência a Deus. A serpente a convenceu a desrespeitar a ordem divina de não comer o fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Esse ato, segundo a Bíblia, introduziu o pecado no mundo.

Quantos anos Eva viveu?

A Bíblia não especifica a idade em que Eva morreu. No entanto, Gênesis 5:4 diz que Adão viveu 930 anos após a expulsão do Éden e teve filhos e filhas. Ela provavelmente viveu um período semelhante.

Como Deus castigou Eva?

Deus a castigou com dores intensificadas durante o parto e a sujeição ao marido. Além disso, junto com Adão, ela foi expulsa do Jardim do Éden e condenada a viver em um mundo com dificuldades e a sofrer a morte física.

Como Eva morreu na Bíblia?

A Bíblia não dá detalhes sobre a morte de Eva. Após o relato da expulsão do Éden, o texto se concentra na genealogia de Adão. No entanto, Gênesis 3:19 implica que, como resultado do pecado, a morte se tornou uma realidade para toda a humanidade, incluindo ela.

Por que Eva comeu o fruto?

Eva comeu o fruto porque foi tentada pela serpente. Ela desejou o conhecimento prometido, a sabedoria e o poder para ser “como Deus”. A atração pelo fruto era física (“bom para se comer”) e visual (“agradável aos olhos”).


Fontes

[1] Wenham, G. J. (1987). Genesis 1-15. Word Biblical Commentary. Word Books.

[2] Hamilton, V. P. (2005). The Book of Genesis, Chapters 1-17. The New International Commentary on the Old Testament. Eerdmans.

[3] Ginzberg, L. (1909). The Legends of the Jews. Jewish Publication Society of America.

Demais fontes

[4] Charlesworth, J. H. (ed.). (1983). The Old Testament Pseudepigrapha, Vol. 2. Doubleday. (Referente a “A Vida de Adão e Eva”).

[5] Alcorão. Sura 2:35-37 e Sura 7:19-23.

[6] Robinson, J. M. (ed.). (1990). The Nag Hammadi Library in English. HarperSanFrancisco. (Referente a “Sobre a Origem do Mundo”).

[7] Trible, P. (1978). God and the Rhetoric of Sexuality. Fortress Press.

[8] Milton, J. (1667). Paradise Lost.

[9] Círculos da Terra: Perspectivas Bahá’ís sobre Questões Globais – Página 77, Michael Fitzgerald – 2003

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Diego Pereira do Nascimento
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