Matusalém

Matusalém, ou Metusalém, viveu 969 anos, sendo o mais velho da Bíblia. Sua morte foi profetizada e coincidiu com o ano do Dilúvio.

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15 minutos de leitura

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Matusalém, filho de Enoque, é uma dos homens mais conhecidas da genealogia de Gênesis, lebrado por ser a pessoas que mais tempo viveu em toda a Bíblia. Como o oitavo patriarca na linhagem de Sete, ele serve como uma ponte crucial entre a retidão de seu pai, Enoque, e a preservação da humanidade através de seu neto, Noé.

Apesar de sua breve menção, sua longevidade extraordinária e o significado profético de seu nome o tornam um personagem de profundo interesse na tradição judaico-cristã e em diversos escritos apócrifos.

Neste artigo, apresentamos a vida deste importante patriarca, sua família e sua relevância para a história da redenção.

Nascimento e família de Matusalém

A vida de Matusalém está registrada em Gênesis 5. Ele nasceu em um período de crescente corrupção na Terra, mas dentro de uma linhagem que preservava a fé.

Seu pai, Enoque, era um homem de comunhão tão íntima com Deus que foi transladado sem experimentar a morte.

Ele nasceu quando Enoque tinha 65 anos. Ele se tornou pai de Lameque aos 187 anos e viveu um total de 969 anos, morrendo no ano do Dilúvio, segundo a cronologia do Texto Massorético [1].

Sua longa vida é frequentemente interpretada como um símbolo da imensa paciência de Deus, que estendeu o tempo de graça para a humanidade antes de enviar o juízo.

Ilustração de Matusalém, o homem mais velho registrado na Bíblia
Ilustração de Matusalém, o homem mais velho registrado na Bíblia

Matusalém viveu cento e oitenta e sete anos, e gerou a Lameque. E viveu Matusalém, depois que gerou a Lameque, setecentos e oitenta e dois anos, e gerou filhos e filhas. E foram todos os dias de Matusalém novecentos e sessenta e nove anos, e morreu.

Gênesis 5:25-27 (ACF)

Enoque, pai

Enoque foi o sétimo patriarca na linhagem de Sete. Sua história é única, pois ele “andou com Deus; e já não foi encontrado, pois Deus o havia arrebatado” (Gênesis 5:24). Ele passou a eu filho um legado de fé e retidão em meio a uma geração ímpia.

Lameque, filho

Lameque viveu 777 anos e foi o pai de Noé. Através de Lameque, a linhagem messiânica e a promessa de Deus para a humanidade foram preservadas, conectando a fé de Enoque e a paciência simbolizada por seu filho ao recomeço da humanidade após o Dilúvio.

História de Matusalém

Quando se fala em Matusalém, a primeira coisa que vem à mente é sua idade impressionante: 969 anos. Registrado em Gênesis, ele detém o recorde de ser o homem mais longevo de toda a Bíblia. No entanto, sua história é muito mais do que um número; é um poderoso testemunho sobre a paciência de Deus em um mundo à beira do juízo.

Sua Família: Uma Ponte entre a Fé e a Salvação

Ele nasceu em uma linhagem de fé em meio a uma humanidade que se corrompia rapidamente. Ele era filho de Enoque, o homem justo que “andou com Deus” e foi levado aos céus sem experimentar a morte. E ele era o avô de Noé, o homem escolhido por Deus para construir a arca e preservar a vida através do Dilúvio.

O filho de Enoque foi, portanto, uma ponte vital entre a piedade exemplar de seu pai e a salvação do mundo através de seu neto.

O Nome Profético e o Ano do Dilúvio

O detalhe mais fascinante sobre Matusalém, no entanto, é o provável significado de seu nome. Em hebraico, Məṯūšélaḥ é amplamente interpretado como “Sua morte trará” ou “Quando ele morrer, será enviado”.

Esta interpretação ganha uma força imensa quando olhamos para a cronologia bíblica: de acordo com os cálculos de Gênesis, Ele morreu exatamente no ano em que o Dilúvio começou.

Um Símbolo da Paciência de Deus

Por isso, muitos teólogos veem a longa vida dele como um grande sermão silencioso da paciência de Deus.

Cada ano que ele vivia era mais um ano de graça que Deus concedia ao mundo, adiando o juízo e dando à humanidade a oportunidade de se arrepender.

Sua vida de 969 anos não foi um acidente, mas um símbolo da longanimidade divina. No momento em que o portador do nome profético morreu, o juízo prometido foi, enfim, “enviado”.

Novo Testamento

Matusalém é mencionado uma vez no Novo Testamento, na genealogia de Jesus em Lucas 3:37, confirmando sua posição como um ancestral do Messias.

Vitral na Catedral da Cantuária, caracterizando Matusalém. Kent, Inglaterra, Idade Média.
Vitral na Catedral da Cantuária, caracterizando Matusalém. Kent, Inglaterra, Idade Média.

Relatos extra-bíblicos de Matusalém

Além das Escrituras, Matusalém aparece em diversos textos religiosos e históricos. Esses relatos extra-bíblicos expandem sua história, o descrevendo não apenas como um patriarca de vida longa, mas também como um profeta e guardião de revelações divinas, oferecendo novas perspectivas sobre sua importância.

Literatura Rabínica

Na literatura rabínica, o filho de Enoque é reverenciado como um homem justo e um dos gigantes da fé que, junto com Noé, tentou levar o mundo ao arrependimento. Alguns Midrashim afirmam que Deus adiou o Dilúvio por sete dias em luto pela morte do justo Matusalém [5].

A literatura rabínica também diz que ele e Noé eram os únicos homens justos restantes antes do Dilúvio. Eles alertaram as pessoas sobre a destruição iminente por 120 anos, mas foram ignorados.

Os ímpios, zombando da altura de ele e de Noé, acreditavam que a água não os alcançaria. No entanto, Deus aqueceu a água, e seus corpos foram queimados.

O Livro de Jasher sugere que ele morreu antes do Dilúvio, pois Deus havia prometido que ele não seria morto pelos injustos.

Livro dos Jubileus

De forma semelhante, o Livro dos Jubileus o lista como um dos guardiões de uma tradição secreta, revelada a Moisés, que foi transmitida através de gerações de patriarcas.

Tradução alemã do Livro dos Jubileus, 1856
Tradução alemã do Livro dos Jubileus, 1856

Gênesis Apócrifo

Nos Manuscritos do Mar Morto, o texto conhecido como Gênesis Apócrifo narra a preocupação de Lameque sobre o nascimento milagroso de seu filho, Noé.

Lameque, desconfiado, procura seu pai para obter respostas. Matusalém, por sua vez, viaja até os confins da Terra para consultar seu próprio pai, Enoque, sobre a verdadeira origem da criança [4].

A Controvérsia da Septuaginta

A Septuaginta (LXX), a antiga tradução grega da Bíblia, apresenta uma cronologia que, em algumas leituras, faria Matusalém morrer 14 anos após o Dilúvio.

A maioria dos estudiosos hoje considera isso um erro de copista nos manuscritos da LXX, já que contradiz a narrativa bíblica e as cronologias do Texto Massorético e do Pentateuco Samaritano, onde ele morre no ano do Dilúvio [6].

1 Enoque

No Livro de Enoque, Matusalém é uma figura central. Ele é o principal destinatário das visões e ensinamentos secretos que Enoque recebeu de Deus.

Antes de ser transladado, Enoque instrui ele detalhadamente, conferindo-lhe um papel sacerdotal e a responsabilidade de preservar essa sabedoria e transmiti-la a seu neto, Noé. Ele age como o guardião da revelação de seu pai [3].

Manuscrito egípcio datado do século IV d.C. mostrando partes do Primeiro Livro de Enoque em grego.
Manuscrito egípcio datado do século IV d.C. mostrando partes do Primeiro Livro de Enoque em grego.

Matusalém em outras religiões

Em outros textos religiosos, Matusalém é uma figura importante. Ele aparece em escritos apócrifos, como o Livro de Enoque, onde é retratado como guardião das revelações de seu pai. Na literatura rabínica, é um dos poucos justos antes do Dilúvio.

Ele também é mencionado no Islã e no Livro de Moisés, um texto mórmon, solidificando seu papel como profeta e ancestral.

Mormonismo

Em Doutrina e Convênios, um texto sagrado para os Santos dos Últimos Dias, Matusalém é descrito como um grande profeta e sumo sacerdote.

O texto afirma que ele não foi levado com a cidade de Enoque para que a linhagem de Noé pudesse continuar. Adão o teria ordenado ao sacerdócio aos 100 anos [7].

Islamismo

Embora não seja mencionado pelo nome no Alcorão, Matusalém (em árabe: Matūshalaḥ) é conhecido na tradição islâmica através de coleções de histórias dos profetas.

Ele é reverenciado como um patriarca justo na linhagem de Nūḥ (Noé) e um elo na cadeia profética que começou com Adão [8].

Reunião de peregrinos em Meca. Islamismo, Islã
Reunião de peregrinos em Meca

Interpretações sobre a idade de Matusalém

A longevidade de 969 anos atribuída a Matusalém na Bíblia é um dos pontos mais intrigantes do Antigo Testamento, gerando diversas interpretações. Abaixo, exploramos as principais teorias.

Interpretação literal

Para os que seguem o literalismo bíblico, os 969 anos são considerados anos solares. As explicações para essa longevidade incluem:

  • Causas Biológicas: Uma dieta mais saudável ou uma “canópia de vapor” que protegia a Terra da radiação solar antes do Dilúvio.
  • Causas Teológicas: A vida humana original seria eterna, mas o pecado de Adão e Eva a encurtou progressivamente. A longevidade de Matusalém e outros patriarcas seria um reflexo de uma era em que a influência do pecado ainda não havia deteriorado a humanidade por completo.

A Enciclopédia Católica observa que alguns estudiosos consideram que o “ano” bíblico não seria equivalente ao nosso [10].

Teoria da tradução incorreta

Uma das teorias mais conhecidas sugere que a idade de Matusalém é o resultado de uma tradução incorreta que converteu “meses” em “anos”. Por essa lógica, 969 meses lunares corresponderiam a cerca de 78 anos e meio.

No entanto, essa teoria enfrenta um problema: a mesma lógica aplicada ao pai de Matusalém, Enoque, o faria ter tido seu filho com apenas 5 anos, o que é biologicamente impossível [11].

Outra vertente argumenta que os números em Gênesis 5 representam décimos de anos.

Assim, a idade de 969 anos dele seria na verdade 96,9 anos. Essa interpretação busca racionalizar as idades avançadas, comparando-as com a de outros personagens bíblicos [12].

Mitologia e paralelos

Alguns acadêmicos, como Kenneth Kitchen, consideram as idades de Gênesis 5 como “mito puro”, servindo para acelerar a narrativa de Adão a Noé [14].

Essa visão aponta para paralelos com mitologias antigas, como a Lista de Reis Sumérios, onde reis vivem por dezenas de milhares de anos [13].

O rei sumério Ubara-Tutu, por exemplo, é frequentemente comparado a Matusalém, pois viveu antes de um grande dilúvio. Outros textos, como a Epopéia de Gilgamesh, também descrevem reis com vidas excepcionalmente longas [15].

O historiador Lucian Boia observa que a Bíblia, ao retratar vidas de centenas de anos, é comparativamente “contida” em relação a outras mitologias que falam de milhares de anos. Boia também aponta que, após o Dilúvio, a Bíblia mostra uma diminuição gradual na expectativa de vida [16].

Uma representação de Matusalém na igreja de San Juan Bautista em Carbonero el Mayor, província de Segóvia, Espanha
Uma representação de Matusalém na igreja de San Juan Bautista em Carbonero el Mayor, província de Segóvia, Espanha

Simbolismo

A figura de Matusalém pode ter uma função simbólica. Sendo o oitavo patriarca da linhagem de Adão, sua morte no ano do Dilúvio marca o fim de uma era. Ele também é um elo entre o Éden e a nova criação, pois poderia ter aprendido sobre a vida de Adão em primeira mão.

O estudioso Robert Gnuse sugere que o autor de Gênesis fez com que Matusalém e outros patriarcas morressem antes de completarem mil anos para refutar as crenças mesopotâmicas de que viver mais de mil anos tornava alguém divino [17].

Assim, a morte de Matusalém seria uma forma de mostrar que ele, apesar de sua longevidade, não era uma divindade.

Legado de Matusalém

O nome de Matusalém inspirou muitas história ficcionais na literatura e no cinema, se tornando um símbolo de longevidade e imortalidade em diversas áreas da cultura e da ciência.

Matusalém como Metáfora

O nome de Matusalém é sinônimo de vida longa. A expressão popular “tão velho quanto Matusalém” é usada para se referir a alguém muito idoso de forma bem-humorada [18].

O termo “Matusaleridade”, cunhado pelo gerontologista Aubrey de Grey, identifica um futuro hipotético onde as doenças seriam eliminadas, e a morte ocorreria apenas por causas não naturais. Esse conceito científico une o nome do patriarca à busca moderna pela imortalidade [19].

Referências na Ciência e na Natureza

A fama de longevidade de Matusalém inspirou a nomeação de objetos e seres notavelmente antigos:

  • A estrela HD 140283 foi apelidada de “A Estrela de Matusalém”, por ser considerada a estrela mais antiga já descoberta.
  • Uma árvore de 4.851 anos da espécie Pinus longaeva, localizada nas Montanhas Brancas da Califórnia, também foi batizada de Matusalém, em homenagem à sua extrema idade.
A árvore Matusalém
A árvore Matusalém

Matusalém na Ficção e no Cinema

A figura de Matusalém também serviu de inspiração para a ficção, de filmes a séries de TV, refletindo a fascinação humana pela imortalidade.

  • Star Trek: No episódio “Requiem for Methuselah”, o personagem Flint é um ser quase imortal que viveu por milênios, assumindo a identidade de Matusalém, entre outras figuras históricas.
  • Noé (2014): No filme de Darren Aronofsky, Matusalém, interpretado por Anthony Hopkins, é um eremita com poderes místicos que abençoa a filha adotiva de Noé. Ele morre durante o Dilúvio.
  • Altered Carbon: Na série e no romance de Richard K. Morgan, as pessoas que transferem suas consciências para corpos clonados para viverem para sempre são chamadas de “Mats” ou “Matusaléns”.
  • Projetos Futuros: Em 2016, foi anunciado um filme sobre Matusalém estrelado por Tom Cruise, retratando-o como um ser humano imortal com habilidades de sobrevivência incomparáveis.
  • Gênesis (2021): Na telenovela brasileira, Matusalém, interpretado por Clemente Viscaíno, vive na natureza e transmite seu conhecimento a Noé, abençoando seu casamento.

Etimologia e significado de Matusalém

O nome Matusalém é uma transliteração do hebraico Məṯūšélaḥ (מְתוּשֶׁלַח). Seu significado é debatido, mas a interpretação mais famosa e teologicamente rica divide o nome em duas partes: mut (מְתוּ), uma forma da palavra para “morte”, e shelah (שֶׁלַח), do verbo “enviar” ou “soltar”.

Nesta interpretação, o nome significa profeticamente: “Sua morte trará” ou “Quando ele morrer, será enviado” [9]. Considerando que a cronologia hebraica coloca sua morte exatamente no ano do Dilúvio, seu nome é visto como um sermão vivo de 969 anos.

Aprenda mais

[Vídeo] Teológico | Bíblia & Teologia.

[Vídeo] MATUSALÉM: A História do Homem que Viveu Quase 1000 Anos! História Bíblica. Lições de Fé.

Perguntas comuns

Nesta seção apresentamos as principais perguntas, com as respostas, que as pessoas fazem sobre este personagem bíblico pouco mencionado na linhagem de Sete, filho de Adão.

Quem viveu por 1000 anos?

Ninguém na Bíblia viveu 1000 anos completos. Matusalém foi o homem mais velho, alcançando 969 anos, morrendo no ano do Dilúvio. Essa longevidade recorde o tornou sinônimo de vida longa e o coloca como o ser humano que chegou mais perto da marca de um milênio.

Qual foi a história de Matusalém?

Matusalém é um patriarca bíblico do livro de Gênesis. Filho de Enoque, ele é notável por sua longevidade de 969 anos, a maior registrada na Bíblia. Sua morte ocorreu no mesmo ano em que o Grande Dilúvio começou, o que o conecta a um ponto crucial na narrativa bíblica.

Por que Matusalém viveu 969 anos?

A Bíblia não oferece uma explicação direta para sua longevidade. Interpretações variam: de explicações literais sobre as condições do mundo pré-diluviano até a visão de que a longevidade simboliza a ligação entre a criação e a nova era de Noé. A sua idade também é vista como um sinal da graça divina.

Quem viveu mais, Enoque ou Matusalém?

Matusalém viveu mais. A Bíblia registra que Matusalém viveu 969 anos. Enoque, seu pai, “andou com Deus” e foi levado por Ele, não morrendo. Ele viveu 365 anos antes de ser levado ao céu, de acordo com Gênesis 5:23-24.

Fontes

[1]. Bíblia Sagrada, Gênesis 5:25-27; 1 Crônicas 1:3; Lucas 3:37.

[2]. O Livro dos Jubileus, Capítulo 4.

[3]. O Livro de Enoque (1 Enoque).

Demais fontes

[4]. Gênesis Apócrifo (1QapGen), Manuscritos do Mar Morto.

[5]. Ginzberg, Louis (1909). The Legends of the Jews.

[6]. Hasel, Gerhard F. (1978). “The Genealogies of Gen 5 and 11 and Their Alleged Babylonian Background.” Andrews University Seminary Studies.

[7]. Doutrina e Convênios 107:41, (Escrituras dos Santos dos Últimos Dias).

[8]. Ibn Kathir, “Qisas al-Anbiya” (Histórias dos Profetas).

[9]. Henry Morris, “The Genesis Record”.

[10] The Catholic Encyclopedia: Methuselah.

[11] Etz, Donald V. “The Numbers in Genesis 5 and the ‘Sumerian King List’.” Bible and Spade (Spring 1989): 51-54.

[12] Bennet, Ellen H. Ancient Chronology and the Book of Genesis.

[13] Kitchen, Kenneth A. On the Reliability of the Old Testament. Grand Rapids: Eerdmans, 2003.

[14] Levin, Yigal. “Genesis 5: A Literary Study.” The Jewish Quarterly Review 94, no. 1 (2004): 51–69.

[15] Sumerian King List; Beroso.

[16] Boia, Lucian. Forever Young: A Cultural History of Longevity. London: Reaktion Books, 2004.

[17] Gnuse, Robert Karl. _The Genesis Genealogies: An Historical, Literary, and Theological Commentar_y. Bloomsbury T&T Clark, 2014.

[18] Cambridge Dictionary. Consultado em 12 de novembro de 2017.

[19] de Grey, Aubrey (2008). «The singularity and the Methuselarity: similarities and differences»

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Diego Pereira do Nascimento
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