Enoque (Bíblia)

Enoque foi o sétimo descendente de Adão, destacada na genealogia de Cristo. Ele andou com Deus e foi translada por Ele sem morrer.

·

15 minutos de leitura

·

·

Enoque, também chamado de Enoc, aparece em Gênesis como o sétimo descendente de Adão, conhecido por “andar com Deus” e ser tomado por Ele sem passar pela morte. Apesar de sua breve descrição na Bíblia, ele é citado em diversos texto da tradição judaicas e em alguns extra-bíblicos/apócrifos.

Neste artigo apresentamos a vida deste importante personagem bíblico, sua família, e sua relevância em escritos extra bíblicos.


Nascimento e família de Enoque

A vida e linguagem de Enoque é apresentada em Gênesis 5 como parte da genealogia de Sete.

Filho de Jarede, ele nasceu no período após entre a Queda do Homem e o Dilúvio, em uma época em que se acreditava que as pessoas tinham um contato maior com o sobrenatural e consequentemente com o Senhor.

A Bíblia não registra como foi sua infância ou dá detalhes sobre sua vida adulta. Entretanto, especula-se que ainda jovem ele teve conhecimento de Deus e a história da Criação.

Ao 65 anos ele se tornou pai de Matusalém, o homem mais velho registrado na Bíblia. Ao todo ele viveu 365 anos, sendo tomado por Deus “e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou” (Gn 5:18–24).

Apesar de sua breve descrição no texto bíblico, a genealogia o destaca na lista dos patriarcas, marcando-o como o “sétimo depois de Adão”, título dado pelo apóstolo Judas Tadeu em sua carta.

Ilustração do século XVII de Enoque
Ilustração do século XVII de Enoque

Depois que gerou Matusalém, Enoque andou com Deus 300 anos e gerou outros filhos e filhas.

Viveu ao todo 365 anos.

Enoque andou com Deus; e já não foi encontrado, pois Deus o havia arrebatado.

Gênesis 5:22-24 (NVI)

Jarede, pai

Jarede gerou Enoque aos 162 anos e viveu, ao todo, 962 anos. Ele ocupa a sexta posição após Adão na linhagem de Sete, preparando a cena para a figura ímpar de seu filho. O texto não oferece detalhes sobre a história de Jarede, apenas o cita na genealogia de Noé.

Edna, esposa

Sua esposa não é nomeada em Gênesis ou em qualquer outro livro ou carta da Bíblia. Entretanto, o livro apócrifo dos Jubileus a chama de “Edna”.

Matusalém, filho

Matusalém é o descendente mais famoso de Enoque. Conhecido por sua longevidade (969 anos), ele gera Lameque, e Lameque gera Noé, por meio de quem Deus preserva a humanidade no dilúvio.

Assim, ele ocupa lugar estratégico na linha que levará à preservação da promessa após o juízo, conectando piedade e providência divina ao longo das gerações.

Outros filhos e filhas

Gênesis informa que Enoque “gerou filhos e filhas”, sem registrar seus nomes.


Menções bíblicas a Enoque

Apesar de sua breve descrição no livro de Gênesis, a Bíblia faz 4 citações a ele ao longo do Antigo e Novo Testamento, destacando sempre sua fé e posição na linhagem de Jesus de Nazaré.

Enoque caminhou com Deus

O ponto principal da biografia de Enoque é sua comunhão com Deus, que o fez ser transladado pelo Senhor o levando a não morrer, como qualquer outro homem (Gn 5:22, 24).

O autor aos Hebreus destaca sua Fé “Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte… pois antes de ser trasladado, obteve testemunho de haver agradado a Deus” (Hb 11:5–6). A ênfase recai na fé e na vida que agrada ao Senhor.

Detalhe de um ícone ortodoxo polonês do século XVII representando Enoque
Detalhe de um ícone ortodoxo polonês do século XVII representando Enoch

Enoque no Novo Testamento

No Novo Testamento há duas menções a Enoque. Em Hebreus 11:5-6 ele é apresentado como uma referência de fé e prazer de Deus.

O apóstolo Judas Tadeu cita, em sua carta, uma profecia atribuída a ele sobre o juízo do Senhor com miríades de santos. Essa citação reflete uma tradição do judaísmo do Segundo Templo e citações do livro de Enoque, um livro apócrifo.

Enoque, o sétimo a partir de Adão, profetizou acerca deles: “Vejam, o Senhor vem com milhares de milhares de seus santos,

para julgar a todos e convencer a todos os ímpios a respeito de todos os atos de impiedade que eles cometeram impiamente e acerca de todas as palavras insolentes que os pecadores ímpios falaram contra ele”.

Judas 1:14,15 (NVI)

Livros apócrifos de Enoque

Três extensos livros apócrifos são atribuídos a Enoque, cada um com uma história de composição e preservação própria. Esses escritos narram alguns eventos bíblicos e a história do mundo entre a narrativa da Criação e o Dilúvio.

1 Enoque

Este é o mais famoso de todos os livros apócrifos atribuídos a Enoque. Escrito originalmente em hebraico ou aramaico, foi preservado integralmente apenas na língua Ge’ez.

O livro foi trazido para a Europa pela primeira vez por James Bruce, vindo da Etiópia, e posteriormente traduzida para o inglês por estudiosos como August Dillmann [2]. Este livro é reconhecido como canônico pelas Igrejas Ortodoxas Tewahedo da Etiópia e da Eritreia.

Sua datação é geralmente situada entre o século III a.C. e o século I d.C.

2 Enoque

Este texto foi preservado em Eslavo Eclesiástico Antigo e sua primeira tradução para o inglês foi realizada por William Morfill [3]. Acredita-se que tenha sido escrito por volta do século I d.C.

3 Enoque

Este é um texto rabínico, escrito em hebraico, geralmente datado do século V d.C. É a obra mais recente das três e está profundamente inserida no misticismo judaico.

Manuscrito egípcio datado do século IV d.C. mostrando partes do Primeiro Livro de Enoque em grego.
Manuscrito egípcio datado do século IV d.C. mostrando partes do Primeiro Livro de Enoque em grego.

Conteúdo dos apócrifos e temas teológicos

Esses textos narram como, supostamente, Enoque foi levado ao Céu, onde recebeu posições de alta honra: foi nomeado guardião de todos os tesouros celestiais, chefe dos arcanjos e o assistente imediato no Trono de Deus.

Nesses escritos, Enoc aprende todos os segredos e mistérios da Criação e, com os anjos, executa os decretos de Deus. Algumas literaturas esotéricas o identificam como Metatron, o anjo supremo que comunica a palavra de Deus [3].

Na Cabala rabínica, ele é visto como o intermediário que comunicou a revelação a Moisés, sendo especificamente o ditador do Livro dos Jubileus.


Relatos extra bíblicos de Enoque

Enoque é vastamente mencionado em obras extrabíblicas, como livros apócrifos, deuterocanônicos e pseudoepígrafes. Nesta seção apresentamos suas principais menções nesses escritos.

O Livro dos Gigantes

O Livro dos Gigantes é uma obra pseudoepígrafa judaica do século III a.C., ele narra histórias semelhantes as descritas nos apócrifos de Enoque. Seu foco acaba sendo na história dos diferentes povos de gigantes. [4]

Segundo esta obra pseudoepígrafe, os gigantes são descendentes de anjos com mulheres humanas.

Onze fragmentos desta obra foram encontrados entre os Manuscritos do Mar Morto, o que confirma que esses escritos existem desde a Antiguidade e que possuíam certa relevância no período do Segundo Templo. [4]

Vale destacar que esta narrativa de uma suposta guerra no Céu, cuja a qual resultou na queda de Satanás e seus demônios, está presente em diversas narrativas da Antiguidade. Isso não valida esta história, mas demonstra com esta era uma crença comum, na qual os povos antigos buscavam entender os acontecimentos ocorridos antes da Criação da Terra.

Uma ilustração da Guerra no Céu para o Paraíso Perdido de Milton , de Gustave Doré. Narrativa do Livro dos Gigantes
Uma ilustração da Guerra no Céu para o Paraíso Perdido de Milton , de Gustave Doré. Narrativa do Livro dos Gigantes

Menção em Eclesiástico

O livro de Eclesiástico, presente na Bíblia católica, datado aproximadamente do mesmo período, afirma em 44:16 que “Enoc agradou a Deus e foi transportado para o paraíso, para que pudesse dar arrependimento às nações”. [5]

Literatura rabínica

Na literatura rabínica clássica, existem múltiplas e, por vezes, conflitantes visões sobre Enoque em seus escritos. Algumas o apresentam como um homem de exemplo e outras o apresentam como um farçante.

O Grande Escriba

O Targum Pseudo-Jônatas, considera Enoque um homem piedoso que foi levado ao Céu e recebeu o título de Safra Rabba (O Grande Escriba). Após a separação entre o Cristianismo e o Judaísmo, essa visão que o exaltada se tornou a mais predominante no pensamento rabínico [6].

A análise crítica de Rashi

Rashi, um estudiosos de escritos antigos, apresenta uma visão mais crítica sobre a vida de Enoc. Baseado no Gênesis Rabá, um antigo escrito rabínico, ele defende que “Enoque era um homem justo, mas ele podia ser facilmente influenciado a voltar a fazer o mal. Portanto, o Santo, bendito seja Ele, apressou-se e levou-o embora e o fez morrer antes do tempo” [7].

Nessa interpretação, a frase “e ele não estava mais” é vista como um eufemismo para uma morte prematura, destinada a preservar sua justiça.

Para Rashi, o escrito rabínico de Gênesis Rabá 25:1 descreve que Enoc não foi levado ao Céu por Deus, mas sim que morreu “jovem”. Isso leva ao pensamento de que os judeus, e posteriormente os cristãos, mentiram ao pregar que Enoc foi translado ao céu para se encontrar com o Senhor.

Enoque, litografia de William Blake , 1807
Enoch, litografia de William Blake , 1807

Tradições místicas e midráshicas

Nos Midrashim menores, os atributos esotéricos de Enoc são ainda mais expandidos. No Sefer Hekalot (“Livro dos Palácios”), o Rabino Ismael descreve sua visita ao Sétimo Céu, onde encontra se encontra com Enoc.

Segundo ele, Enoc explica que foi levado ao Céu para provar que Deus não era cruel, após a terra ter sido corrompida pelos demônios Shammazai e Azazel [6]. Elaborações posteriores o retratam como um asceta que pregou o arrependimento, reuniu uma vasta congregação de discípulos a ponto de ser proclamado rei, e, por fim, foi convocado ao Céu para governar os “filhos de Deus”.


Enoque em outras religiões

Além de livros apócrifos e relatos extra bíblicos judaicos, Enoque é citado em obras de outras religiões e vertentes cristãs, como o islamismo e o mormonismo.

Mormonismo

No mormonismo Enoque é reverenciado como o profeta que fundou uma cidade de retidão excepcional chamada Sião.

Em meio a um mundo violento e iníquo, o povo de Sião alcançou um nível de pureza tão grande que, segundo as escrituras, Enoc e toda a cidade foram transladados, levados da Terra sem experimentar a morte [8].

A teologia mórmon ensina que esta cidade retornará na Segunda Vinda de Jesus [8].

Pioneiros mórmons cruzando o Mississippi no gelo
Pioneiros mórmons cruzando o Mississippi no gelo

Ministério e sacerdócio

O Livro de Moisés, contido na Pérola de Grande Valor, detalha as pregações, visões e milagres deste profeta, além de sua profecia de que Noé, seu descendente, sobreviveria ao Grande Dilúvio.

Textos como Doutrina e Convênios revelam que Adão ordenou Enoc ao Sacerdócio de Melquisedeque aos 25 anos e que o profeta viveu um total de 430 anos até sua translação, e não os 350 anos descrito em Gênesis 5:23. Ele também é identificado como o escriba que registrou as bênçãos e profecias finais de Adão, proferidas em Adão-ondi-Amã [9].

Islamismo

Na tradição islâmica, Enoque é identificado como Idris, um profeta mencionado no Alcorão por sua retidão e elevação a um alto lugar (Suratas 19:56-57 e 21:85-86).

Idris é identificado como um patriarca do período antes do Dilúvio, que recebeu de Deus a revelação da sabedoria celestial, incluindo astronomia, escrita e outras ciências [10].

Associação de Idris ao profeta Esdras

Apesar desta associação a Idris, algumas pesquisas etimológicas apontam para a possibilidade de o nome Idris derivar da forma grega de Esdras, gerando debate acadêmico sobre a origem exata da identificação [11].

Associação de Idris a Hermes Trismegisto

A figura de Idris na teologia islâmica é bastante complexa, porque ela também é associada a Hermes Trismegisto, um lendário sábio grego-egípcio. Hermes é conhecido por sua sabedoria sobre assuntos místicos e alquimia.

Para muitos estudiosos do islamismo, essa ligação com Hermes não entra em conflito com a identidade de Idris como profeta. Na verdade consideram que “Hermes Trismegisto” é uma variação possível para o nome de Enoque.

Idris (canto superior direito) é levado aos céus e vê o Paraíso e o Inferno
Idris (canto superior direito) é levado aos céus e vê o Paraíso e o Inferno

Teosofismo

No campo da Teosofia moderna, a fundadora Helena Blavatsky apresentou uma interpretação esotérica de Enoc, unindo as tradições bíblica e grega.

Blavatsky afirmava que Enoque, identificado por ele como o deus grego Hermes [12], foi “o primeiro Grão-Mestre e Fundador da Maçonaria” [13]. Sendo ele, segundo os teosofistas, não é apenas um patriarca bíblico, mas também o originador de uma linhagem de sabedoria secreta e tradições iniciáticas. Sabedoria e tradições preservadas por diversas sociedades secretas ao longa da história humana, como a Maçonaria.

Samaritanismo

A tradição samaritana, conforme os textos de Asatir, diverge com a tradição bíblica alegando que Enoque não foi elevado ao Céu, mas que na verdade foi sepultado em um local nos arredores do Monte Ebal e do Monte Gerizim [14].

Para o samaritanismo esse suposto local de sepultamento é reservado apenas para pessoas de extrema importância na história, dentre eles:

  • Sete;
  • Adão e Eva;
  • Noé e seu posteriormente seu filho Sem;
  • Abraão.

Enoque filho de Caim

O primeiro Enoque registrado na Bíblia, mencionado em Gênesis 4:17, é o filho primogênito de Caim. Sua história está inserida no contexto do juízo divino sobre seu pai, que foi amaldiçoado a ser “fugitivo e errante pela terra”.

Sua menção no texto bíblico é rápida, mas demonstra a tentativa de Caim de formar uma família e criar um povo para si mesmo, afastado da descendência de seu irmão Sete.


Etimologia e significado de Enoque

O nome Enoque é uma transliteração do hebraico Ḥănōḵ (חֲנוֹךְ). O nome se relaciona ao verbo hanak/ḥanak, “dedicar”, “iniciar”, sugerindo os sentidos “dedicado” ou “iniciado”.

Seu significado remete alguém consagrado ao Senhor e instruído em Seus caminhos, ainda que o texto bíblico não faça esse vínculo de forma explícita [1].

No grego do Novo Testamento e da Septuaginta, o nome aparece como Enōch.


Aprenda mais

[Vídeo] Teológico | Bíblia & Teologia.

[Vídeo] Abel, Enoque e Noé: Os Primeiros Crentes – Augustus Nicodemus. Igreja Presbiteriana de Santo Amaro.

[Podcast] Audiopost 009 – Anjos no Período Interbíblico. Bibotalk.


Perguntas comuns

Nesta seção apresentamos as principais perguntas, com as respostas, que as pessoas fazem sobre este importante personagem bíblico.

O que a Bíblia fala sobre Enoque?

A Bíblia descreve Enoque como um homem que “andou com Deus”. Por sua fé, ele não experimentou a morte, pois Deus o tomou para si. Ele é listado como um herói da fé em Hebreus e citado em Judas como um profeta.

Por que o livro de Enoque foi tirado da Bíblia?

O Livro de Enoque é um apócrifo e não é considerado Palavra de Deus. Ele nunca foi “tirado” da Bíblia, pois jamais fez parte do cânon sagrado. Foi rejeitado pela igreja primitiva por sua autoria incerta e por conter ensinamentos inconsistentes com as Escrituras canônicas.

Por que Enoque foi arrebatado por Deus?

Enoque foi arrebatado por Deus por sua fé e por ter “andado com Deus” em um mundo corrupto. Ele agradou a Deus, que o levou para não experimentar a morte, tornando-se um exemplo de obediência e confiança.

Quem foi Enoque diante de Deus?

Enoque foi um homem de grande fé que teve uma relação íntima e obediente com Deus. A Bíblia diz que ele “andou com Deus”, o que significa que ele viveu de maneira justa e agradável aos olhos divinos, em um mundo de corrupção.

Qual foi a profecia que Enoque fez?

A Bíblia, no livro de Judas (versículos 14-15), cita uma profecia atribuída a Enoque: “Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos; para fazer juízo contra todos…”. Ela não foi realiza ou feita por ele, apenas atribuída a ele.

Jesus citou o Livro de Enoque?

Jesus não cita o Livro de Enoque na Bíblia ou qualquer outro livro apócrifo, pseudoepígrafe.

É bom ler o Livro de Enoque?

Por se tratar de um livro apócrifo, não recomendado a leitura do Livro de Enoque. Os relatos descritos nele não são verdadeiros e atrapalham a compreensão da história do mundo entre a Criação e o período do Dilúvio.


Fontes

[1] Blue Letter Bible. Strong’s Hebrew H2585 (Ḥănōḵ) e raiz H2596 (ḥānak).

[2] Schoode, R. (Trad.). The Book of Enoch.

[3] Morfill, W. R. (Trad.). The Book of the Secrets of Enoch.

[4] Schäfer, P. (2009). The Origins of Jewish Mysticism. Princeton University Press.

[5] Danker, F. W. (Ed.). (2000). A Greek-English Lexicon of the New Testament and Other Early Christian Literature. University of Chicago Press.

[6] Ginzberg, L. (1909). The Legends of the Jews. Jewish Publication Society of America.

[7] Rashi. Comentário sobre Gênesis 5:24.

[8] A Pérola de Grande Valor, Livro de Moisés 7.

[9] Doutrina e Convênios, Seção 107:48-57.

[10] Fowden, G. (1986). The Egyptian Hermes: A Historical Approach to the Late Pagan Mind. Cambridge University Press.

[11] Van Bladel, K. (2009). The Arabic Hermes: From Pagan Sage to Prophet of Science. Oxford University Press.

[12] Blavatsky, H.P. Isis Unveiled.

[13] Blavatsky, H.P. (1888). The Secret Doctrine, Vol. II.

[14] Gaster, M. (1927). The Asatir: The Samaritan Book of the “Secrets of Moses”. The Royal Asiatic Society.

O que achou deste artigo?

Clique nas estrelas

Média 4.6 / 5. Quantidade de votos: 8

Nenhum voto até agora! Seja o primeiro a avaliar este post.

Diego Pereira do Nascimento
Últimos posts por Diego Pereira do Nascimento (exibir todos)

Comentários do artigo

Inscrever-se
Notificar de
guest
0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários